UOL


São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Piloto do safety car vira estrela

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele liderou o GP Brasil por 21 voltas, atrás apenas de David Coulthard, da McLaren, que ficou na frente por 26 voltas -o vencedor, Kimi Raikkonen, ficou 17 giros na ponta. Bernd Maylander, 31, foi o alemão que mais se destacou ontem em Interlagos. Ele é o responsável por dirigir o safety car, grande atração do GP.
"Posso dizer que não foi um trabalho fácil, mas, no final das contas liderei a prova por 19 voltas", disse, sem saber ao certo quantos giros havia "liderado". "Foi meu recorde. Nunca fiquei por tantas voltas na pista em uma corrida."
Ontem, em Interlagos, Maylander disse que alcançou 235 km/h na Reta dos Boxes com o Mercedes CLK 55 AMG que dirige. Parece muito? Parece, mas não é. Um carro de F-1 chega a atingir 320 km/h nesse mesmo trecho.
"Nas retas não tinha problema, a grande preocupação era mesmo nas curvas, onde parecia que tinha rios de tanta água."
Ele disse, no entanto, que a pista não estava tão ruim como no treino de sexta-feira de manhã. "Foi tranquilo. Hoje [ontem" todo mundo sabia que tinha bastante água na pista e que era preciso ser bastante cuidadoso."
Mas conduzir o safety car em todos os GPs do calendário da F-1 -esta é sua quarta temporada nesta função- não é o único emprego de Maylander. Ele também disputa o DTM, campeonato alemão de turismo, desde 1995, como piloto da Mercedes.
"É muito mais difícil ser piloto do que conduzir o safety car, pois quando corremos estamos sempre no limite. Com o safety car estamos apenas perto do limite", afirmou o piloto de 1,80 m e 72 kg, ressaltando que usou "apenas 90%" do potencial do carro (em Monza, chega a 280 km/h).
Para saber se está indo rápido ou devagar demais, Maylander disse que presta atenção à distância que ele está do primeiro piloto da fila. "Se vejo que ele está muito perto de mim, sei que estou lento e acelero. Se eles ficam longe, percebo que estou rápido."
O piloto tem um contrato renovado anualmente com a FIA e diz que ganha "muito bem". "É um trabalho maravilhoso. Faço o que gosto, viajo o mundo inteiro e ainda ganho para isso", disse. No carro, ele não está sozinho. É acompanhado por outro piloto, o também alemão Peter Tibbets.
Maylander disse ainda que adora visitar o Brasil. "Gosto muito de vir para cá. A pista aqui é maravilhosa, e sou um fã das coisas boas do Brasil, como caipirinha e as mulheres bonitas", afirmou.



Texto Anterior: Pneus ajudam a eliminar pilotos
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.