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FUTEBOL
Com um gol do ex-palmeirense Alex e três do ex-corintiano Deivid, Cruzeiro derrota o time paulista no Morumbi
"Velhos rivais" agravam crise no São Paulo
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Carrascos são-paulinos em outros tempos, o ex-palmeirense
Alex e o ex-corintiano Deivid voltaram a deixar suas marcas ontem
e intensificaram a crise no clube
do Morumbi. Foram deles os gols
da vitória por 4 a 2 do Cruzeiro
diante do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro.
Autor de três gols ontem, Deivid
balançou quatro vezes as redes
são-paulinas no ano passado nos
mata-matas da Copa do Brasil e
do Rio-SP, ambos vencidos pelo
time do Parque São Jorge.
Já Alex iniciou uma revolta dos
torcedores do São Paulo, também
em 2002, após ser o melhor jogador em clássico vencido pelo Palmeiras por 4 a 2, no Rio-SP, em
que marcou até gol de placa.
Com o resultado de ontem, o time do Morumbi continua sem
vencer no Nacional (um empate e
uma derrota) e o técnico Oswaldo
Oliveira permanece ameaçado.
Já na chegada ao Morumbi, Oliveira e seus comandados tiveram
uma amostra do que os esperava.
Cerca de 50 torcedores da Tricolor Independente, a principal torcida organizada são-paulina, protestava em frente ao portão principal no momento em que o ônibus do time chegava ao estádio.
Duas faixas, "Pipocas até quando?" e "Fora Oswaldo de Oliveira", recepcionaram jogadores e
comissão técnica do São Paulo.
No vestiário, o diretor de futebol Carlos Augusto de Barros e
Silva pedia o apoio da torcida.
Nas arquibancadas, porém, só
5.580 torcedores foram "prestigiar" o time. E vaiar Oliveira.
Em campo, alheio a pressão dos
torcedores, Oliveira abraçava
Wanderley Luxemburgo.
O técnico cruzeirense, que tornara público seu desejo de dirigir
o clube do Morumbi, se apressou
em dizer que não queria "derrubá-lo" do cargo.
"Eles [imprensa" têm de aprender que a nossa amizade será
sempre preservada", disse Luxemburgo ao colega.
Sorrindo, Oliveira apenas agradeceu. "Valeu, Wandeco."
Apesar das palavras de apoio de
Luxemburgo a Oliveira, com a
bola rolando o Cruzeiro só fez
piorar a crise são-paulina.
O time mineiro dominava as
ações no meio-campo, principalmente com Alex, que tinha liberdade para articular as jogadas dos
cruzeirenses.
Foi justamente o ex-jogador do
Palmeiras quem começou a abrir
o caminho para a vitória do time
de Luxemburgo, aos 11min. Em
contra-ataque, Maurinho serviu
Alex, que tocou na saída de Roger
para abrir o placar.
O gol fez desmoronar o já frágil
sistema defensivo do São Paulo.
Aos 15min, em novo contragolpe,
foi a vez de o ex-são-paulino Aristizábal servir Deivid na área para
fazer 2 a 0.
Nervosos, os são-paulinos buscavam o ataque desordenadamente. O máximo que conseguiram foi assustar em cobranças de
falta. E como não poderia deixar
de ser, deixaram o gramado sob
vaias, principalmente o zagueiro
Jean e o lateral Gabriel.
O São Paulo até começou bem a
etapa final, com o gol de Luis Fabiano, logo aos 3min. Mas a reação durou apenas seis minutos.
Aos 9min, Deivid fez o terceiro
do Cruzeiro, cobrando pênalti
duvidoso de Jean em Martinez.
O São Paulo voltou a pressionar
e, aos 17min, foi a vez de Luis Fabiano descontar para o time do
Morumbi em outro pênalti, cometido por Luizão em Fabiano.
Os carrascos são-paulinos, porém, voltaram a aparecer. Alex se
livrou de Fábio Simplício e lançou
Maurinho, que foi derrubado na
área por Kléber. Pênalti. Deivid
fez 4 a 2 e fechou o placar.
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