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São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

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FUTEBOL

Com um gol do ex-palmeirense Alex e três do ex-corintiano Deivid, Cruzeiro derrota o time paulista no Morumbi

"Velhos rivais" agravam crise no São Paulo

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Carrascos são-paulinos em outros tempos, o ex-palmeirense Alex e o ex-corintiano Deivid voltaram a deixar suas marcas ontem e intensificaram a crise no clube do Morumbi. Foram deles os gols da vitória por 4 a 2 do Cruzeiro diante do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro.
Autor de três gols ontem, Deivid balançou quatro vezes as redes são-paulinas no ano passado nos mata-matas da Copa do Brasil e do Rio-SP, ambos vencidos pelo time do Parque São Jorge.
Já Alex iniciou uma revolta dos torcedores do São Paulo, também em 2002, após ser o melhor jogador em clássico vencido pelo Palmeiras por 4 a 2, no Rio-SP, em que marcou até gol de placa.
Com o resultado de ontem, o time do Morumbi continua sem vencer no Nacional (um empate e uma derrota) e o técnico Oswaldo Oliveira permanece ameaçado.
Já na chegada ao Morumbi, Oliveira e seus comandados tiveram uma amostra do que os esperava.
Cerca de 50 torcedores da Tricolor Independente, a principal torcida organizada são-paulina, protestava em frente ao portão principal no momento em que o ônibus do time chegava ao estádio.
Duas faixas, "Pipocas até quando?" e "Fora Oswaldo de Oliveira", recepcionaram jogadores e comissão técnica do São Paulo.
No vestiário, o diretor de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva pedia o apoio da torcida.
Nas arquibancadas, porém, só 5.580 torcedores foram "prestigiar" o time. E vaiar Oliveira.
Em campo, alheio a pressão dos torcedores, Oliveira abraçava Wanderley Luxemburgo.
O técnico cruzeirense, que tornara público seu desejo de dirigir o clube do Morumbi, se apressou em dizer que não queria "derrubá-lo" do cargo.
"Eles [imprensa" têm de aprender que a nossa amizade será sempre preservada", disse Luxemburgo ao colega.
Sorrindo, Oliveira apenas agradeceu. "Valeu, Wandeco."
Apesar das palavras de apoio de Luxemburgo a Oliveira, com a bola rolando o Cruzeiro só fez piorar a crise são-paulina.
O time mineiro dominava as ações no meio-campo, principalmente com Alex, que tinha liberdade para articular as jogadas dos cruzeirenses.
Foi justamente o ex-jogador do Palmeiras quem começou a abrir o caminho para a vitória do time de Luxemburgo, aos 11min. Em contra-ataque, Maurinho serviu Alex, que tocou na saída de Roger para abrir o placar.
O gol fez desmoronar o já frágil sistema defensivo do São Paulo. Aos 15min, em novo contragolpe, foi a vez de o ex-são-paulino Aristizábal servir Deivid na área para fazer 2 a 0.
Nervosos, os são-paulinos buscavam o ataque desordenadamente. O máximo que conseguiram foi assustar em cobranças de falta. E como não poderia deixar de ser, deixaram o gramado sob vaias, principalmente o zagueiro Jean e o lateral Gabriel.
O São Paulo até começou bem a etapa final, com o gol de Luis Fabiano, logo aos 3min. Mas a reação durou apenas seis minutos.
Aos 9min, Deivid fez o terceiro do Cruzeiro, cobrando pênalti duvidoso de Jean em Martinez.
O São Paulo voltou a pressionar e, aos 17min, foi a vez de Luis Fabiano descontar para o time do Morumbi em outro pênalti, cometido por Luizão em Fabiano.
Os carrascos são-paulinos, porém, voltaram a aparecer. Alex se livrou de Fábio Simplício e lançou Maurinho, que foi derrubado na área por Kléber. Pênalti. Deivid fez 4 a 2 e fechou o placar.



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