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VÔLEI
Os loirinhos da Ulbra
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
O time da Ulbra deve estar
rindo à toa e não é para
menos. Ganhar da Unisul, dona
da melhor campanha da Superliga, em Florianópolis, e no primeiro jogo das finais, é uma vantagem e tanto. Está certo que a Unisul perdeu em casa para o Suzano
nas semifinais e reverteu o resultado, mas tudo fica mais difícil.
Quem viu o jogo no sábado deve
ter notado que os jogadores da
Ulbra estão todos loirinhos. Até
Marcelo Negrão aderiu ao visual.
Foi uma promessa. Se chegassem
à final, pintariam os cabelos.
O bom da história é que essas
coisas unem um time e, quando o
grupo está unido, a vitória vem
bem mais fácil.
Uma das armas da Ulbra para
conseguir a vitória na primeira
partida, da série de cinco, foi a
combinação poderosa entre saque e bloqueio. Sem uma boa recepção, Marlon, levantador da
Unisul, não conseguiu acionar
muito uma das jogadas mais eficientes da equipe: os ataques rápidos do central André Heller.
Tem mais: o levantador Ricardinho, da Ulbra, está fazendo a
diferença. E que diferença! O certo é que ele anda em fase iluminada desde o Mundial no ano passado. Lembra do finalzinho do
quinto set contra a Rússia ? Ele
entrou em quadra com Giovane e
foi decisivo para o Brasil fechar o
jogo e conquistar o título.
E você sabe, quando um levantador está bem, vale por meio time. Para ter uma idéia, no sábado, a Unisul só conseguiu fazer
cinco pontos de bloqueio durante
o jogo todo. No primeiro set, por
exemplo, não fez nenhum ponto
nesse fundamento. Sinal que Ricardinho trabalhou muito bem.
Aliás, vale uma observação: a
Superliga está mostrando que está cada vez menor a distância entre os dois maiores levantadores
da história do vôlei brasileiro,
Maurício e Fernanda Venturini, e
os seus seguidores mais próximos,
Ricardinho e Fofão.
Os dois ganharam uma segurança que não tinham. E este parece o fator principal para a evolução no desempenho de Ricardinho e Fofão. Tanto é que se antes
bastava a um time ter Fernanda
-dona de nove títulos brasileiros- para ser campeão, hoje contra o Minas, de Fofão, a história é
bem mais equilibrada.
E por falar no Minas, vale lembrar que as finais contra o BCN/
Osasco, que têm início sábado,
vão ser de arrepiar.
Começa já no confronto entre
Fernanda Venturini e Fofão. No
banco, os times têm também dois
grandes estrategistas: os técnicos
José Roberto Guimarães e Antônio Rizola.
No Minas, que eliminou o Campos no sábado, o que tem impressionado é como a norte-americana Logan Tom se encaixou bem
no time. Sem ela, no início da
temporada, a equipe estava irregular. Tom é completa: saca, ataca, passa e bloqueia muito bem. É
uma das candidatas a melhor jogadora do torneio.
Para encerrar, fica aqui uma
menção honrosa à valente equipe
de Campos, do técnico Luizomar
de Moura. O time conseguiu a façanha de vencer uma partida do
Minas nas semifinais e, pela primeira vez, acabou em terceiro lugar na Superliga. Valeu!!!
Italiano
O Cuneo, do atacante Giovane, perdeu do Ferrara, de Giba e Gustavo, por 3 sets a 0, na rodada do fim de semana do Campeonato Italiano, mas mesmo assim garantiu a última vaga nas quartas-de-final. O
time agora terá uma parada dura pela frente: o Treviso, dono da melhor campanha, com cinco derrotas em 26 jogos. Já o Ferrara, quinto
colocado, vai jogar com o Milano, do argentino Milinkovic.
Italiano 2
O Modena, do brasileiro Dante, ficou em segundo lugar, na frente do
Macerata, de Nalbert, o terceiro. Na próxima fase, o Modena vai enfrentar o Trentino, o sétimo colocado. Já o Macerata pegará o Latina,
o sexto. O Verona, de Kid, caiu para a Série 2.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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