UOL


São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Os loirinhos da Ulbra

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O time da Ulbra deve estar rindo à toa e não é para menos. Ganhar da Unisul, dona da melhor campanha da Superliga, em Florianópolis, e no primeiro jogo das finais, é uma vantagem e tanto. Está certo que a Unisul perdeu em casa para o Suzano nas semifinais e reverteu o resultado, mas tudo fica mais difícil.
Quem viu o jogo no sábado deve ter notado que os jogadores da Ulbra estão todos loirinhos. Até Marcelo Negrão aderiu ao visual. Foi uma promessa. Se chegassem à final, pintariam os cabelos.
O bom da história é que essas coisas unem um time e, quando o grupo está unido, a vitória vem bem mais fácil.
Uma das armas da Ulbra para conseguir a vitória na primeira partida, da série de cinco, foi a combinação poderosa entre saque e bloqueio. Sem uma boa recepção, Marlon, levantador da Unisul, não conseguiu acionar muito uma das jogadas mais eficientes da equipe: os ataques rápidos do central André Heller.
Tem mais: o levantador Ricardinho, da Ulbra, está fazendo a diferença. E que diferença! O certo é que ele anda em fase iluminada desde o Mundial no ano passado. Lembra do finalzinho do quinto set contra a Rússia ? Ele entrou em quadra com Giovane e foi decisivo para o Brasil fechar o jogo e conquistar o título.
E você sabe, quando um levantador está bem, vale por meio time. Para ter uma idéia, no sábado, a Unisul só conseguiu fazer cinco pontos de bloqueio durante o jogo todo. No primeiro set, por exemplo, não fez nenhum ponto nesse fundamento. Sinal que Ricardinho trabalhou muito bem.
Aliás, vale uma observação: a Superliga está mostrando que está cada vez menor a distância entre os dois maiores levantadores da história do vôlei brasileiro, Maurício e Fernanda Venturini, e os seus seguidores mais próximos, Ricardinho e Fofão.
Os dois ganharam uma segurança que não tinham. E este parece o fator principal para a evolução no desempenho de Ricardinho e Fofão. Tanto é que se antes bastava a um time ter Fernanda -dona de nove títulos brasileiros- para ser campeão, hoje contra o Minas, de Fofão, a história é bem mais equilibrada.
E por falar no Minas, vale lembrar que as finais contra o BCN/ Osasco, que têm início sábado, vão ser de arrepiar.
Começa já no confronto entre Fernanda Venturini e Fofão. No banco, os times têm também dois grandes estrategistas: os técnicos José Roberto Guimarães e Antônio Rizola.
No Minas, que eliminou o Campos no sábado, o que tem impressionado é como a norte-americana Logan Tom se encaixou bem no time. Sem ela, no início da temporada, a equipe estava irregular. Tom é completa: saca, ataca, passa e bloqueia muito bem. É uma das candidatas a melhor jogadora do torneio.
Para encerrar, fica aqui uma menção honrosa à valente equipe de Campos, do técnico Luizomar de Moura. O time conseguiu a façanha de vencer uma partida do Minas nas semifinais e, pela primeira vez, acabou em terceiro lugar na Superliga. Valeu!!!

Italiano
O Cuneo, do atacante Giovane, perdeu do Ferrara, de Giba e Gustavo, por 3 sets a 0, na rodada do fim de semana do Campeonato Italiano, mas mesmo assim garantiu a última vaga nas quartas-de-final. O time agora terá uma parada dura pela frente: o Treviso, dono da melhor campanha, com cinco derrotas em 26 jogos. Já o Ferrara, quinto colocado, vai jogar com o Milano, do argentino Milinkovic.

Italiano 2
O Modena, do brasileiro Dante, ficou em segundo lugar, na frente do Macerata, de Nalbert, o terceiro. Na próxima fase, o Modena vai enfrentar o Trentino, o sétimo colocado. Já o Macerata pegará o Latina, o sexto. O Verona, de Kid, caiu para a Série 2.

E-mail: cidasan@uol.com.br



Texto Anterior: Presidente discute futuro de técnico
Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Inter tropeça e Juventus abre vantagem
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.