São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2006

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FUTEBOL

Wendel e Gustavo Nery são expulsos, mas time resiste à Universidad Católica e fica em boa situação na Libertadores

Corinthians, heróico, triunfa no Chile

Edgard Garrido/Reuters
Marcelo Mattos ergue Carlitos Tevez, que ontem marcou seu segundo gol na Libertadores-2006


DA REPORTAGEM LOCAL

Foi heróico. Em seu jogo mais importante na Libertadores, o Corinthians superou todos os seus tramas para vencer por 3 a 2 a Universidad Católica, no Chile.
Para triunfar, o time de Ademar Braga teve de vencer a desastrosa arbitragem, a catimba rival e o fato de atuar, no segundo tempo, com dez atletas nos primeiros 25 minutos e com nove no restante.
A vitória deixou os corintianos em boa situação para se classificar à próxima fase. O clube brasileiro chegou aos 10 pontos, mesmo número do rival chileno, que lidera por ter melhor saldo de gols.
O time decide a vaga no dia 19, contra o já eliminado Deportivo Cali, em casa, e depende de um empate para se classificar.
Tevez, Nilmar, Marcelo Mattos e Carlos Alberto protagonizaram a vitória corintiana.
Não demorou muito para a equipe se enervar. Tevez havia acabado de perder gol feito, frente a frente com Buljibasich.
Na seqüência do lance, em cobrança de escanteio, Wendel e Quinteros se agarraram na área e o atacante chileno, com o braço direito, deslocou o goleiro Herrera para marcar, logo aos 3min.
Revoltados, os jogadores da equipe brasileira cercaram o árbitro pedindo a marcação de falta no lance. O uruguaio Roberto Silveira validou o gol.
Foi o terceiro gol de Quinteros contra o Corinthians. No 2 a 2 no Pacaembu, ele também fora o carrasco dos paulistas.
A partir daí, o jogo ficou tenso. As duas equipes abusavam das faltas. Os atletas discutiam em campo. O árbitro acompanhava tudo passivamente.
Os corintianos, que se prepararam dez dias para o confronto, eram melhores. Jogavam pelos dois lados, em velocidade, e acionavam com facilidade Nilmar e Tevez. Carlos Alberto, inicialmente pela direita, e depois pela esquerda, era o responsável pela articulação do time.
Marcelo Mattos, que jogava mais solto, também municiava o ataque. E, com ele, o time chegou ao empate. Em belo lançamento, Tevez invadiu a área e tocou na saída do goleiro: 1 a 1.
A virada ocorreu no mesmo estilo. Coelho, do campo de defesa, lançou Tevez. Em velocidade, o argentino invadiu a área, se livrou do marcador e tocou para Nilmar empurrar para as redes.
Uma infelicidade, porém, castigou os corintianos. Numa falta próxima da área, Arrué contou com a sorte para igualar. A bola tocou a barreira e traiu Herrera.
Os ventos sopravam contra os corintianos. No primeiro minuto da segunda etapa, Wendel se atracou com Rubio, acertou o rosto do chileno e foi expulso.
O Corinthians não se intimidou com a desvantagem. Não alterou sua maneira de jogar, mas, claro, ficou mais vulnerável na defesa.
Os chilenos, por várias vezes, quase viraram a partida. As estrelas corintianas, quando tiveram a chance, o fizeram, com classe.
Em grande jogada, Nilmar tabelou com Carlos Alberto e, com um leve toque, fez 3 a 2.
À frente, os corintianos sofreram outro duro golpe. Rubio acertou o braço no rosto de Marcelo Mattos. Os brasileiros pediram a expulsão do chileno. O juiz ignorou e ainda expulsou Gustavo Nery por reclamação, aos 25min. Nos minutos restantes, os corintianos, encolhidos, suportaram a forte pressão do rival.


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