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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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FUTEBOL

Leão critica escalação de argentino para apitar partida de volta contra o Nacional pelas oitavas da Libertadores

Santos vê árbitro como maior adversário

João Wainer/Folha Imagem
Ricardo Oliveira, Robinho e Diego participam de treino para o jogo contra o Nacional, válido pela Libertadores, na Vila Belmiro


FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Mais que o próprio adversário, o Nacional, do Uruguai, a arbitragem é o maior fantasma a assombrar o Santos na partida de hoje, às 21h40, no estádio da Vila Belmiro, que decide uma das vagas para as quartas-de-final da Taça Libertadores da América.
Após o empate em 4 a 4 no jogo de ida, disputado em Montevidéu, qualquer uma das equipes assegura a classificação com uma vitória por qualquer contagem.
Em caso de novo empate entre os times, a decisão ocorrerá em disputa de pênaltis.
O técnico Emerson Leão demonstrou contrariedade com a escalação, pela quinta vez consecutiva, de um trio de arbitragem argentino para conduzir uma partida do Santos na Libertadores.
"Existem coincidências. É a quinta vez com um argentino, e nas outras quatro eles não foram bem", afirmou Leão.
Nos quatro jogos anteriores, o time da Baixada Santista venceu dois (3 a 0 no América, da Colômbia, e 4 a 1 no 12 de Octubre, do Paraguai) e empatou dois (1 a 1 com o El Nacional, do Equador, e 4 a 4 com o Nacional uruguaio).
"Diante daquilo que já aconteceu, é óbvio que preocupa. Mas somos reféns da arbitragem. Lá [em Montevidéu], não tivemos provocações, tivemos agressões. E elas não foram repelidas pelo juiz", declarou Leão, em referência à violência uruguaia na primeira partida contra o Nacional.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, esteve no final da tarde de ontem no CT Rei Pelé para falar aos jogadores e afirmou que procurou saber qual é o perfil do árbitro argentino Héctor Baldassi, que apitará hoje na Vila.
"Fomos informados de que ele é rigoroso. Esperamos que coíba o jogo violento para que o espetáculo não seja prejudicado", declarou o dirigente.
O meio-campista Elano é a única incógnita na escalação do Santos. Devido a uma pancada no tornozelo esquerdo na vitória por 3 a 1 sobre o Criciúma no domingo, ele permaneceu inativo nos dois últimos dias, submetido a sessões contínuas de fisioterapia.
Ontem, o atleta apareceu no gramado do CT Rei Pelé caminhando normalmente, sem inchaço na região atingida e dizendo não sentir mais dores.
O médico Antonio Carlos Taira afirmou que um fisioterapeuta estava escalado para trabalhar com o jogador na concentração.
"Ele melhorou muito mais do que esperávamos, não está mancando. Por isso estamos esperançosos", disse.
Leão adiantou que, se Elano não puder atuar, o substituto será Nenê, autor de dois gols e destaque na vitória sobre o Criciúma.
O técnico descartou -pelo menos no início da partida- a possibilidade de deslocar Elano para a ala direita a fim de manter Nenê na equipe. O treinador já optou por essa mudança, que deixa a equipe mais ofensiva, várias vezes nesta temporada.
Antes da partida, a diretoria do Santos vai entregar uma placa ao ex-goleiro uruguaio Rodolfo Rodriguez, em homenagem aos cinco anos em que ele defendeu o clube (1984-1988).
O ex-goleiro, destaque na conquista do Campeonato Paulista de 1984, também atuou durante oito anos (1977-1984) no Nacional, adversário dos santistas no confronto de hoje.

NA TV - Globo (apenas para SP), ao vivo, às 21h40


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