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BASQUETE
Campeões da 1ª fase costumam cair nos playoffs, que começam hoje
Líder, Uberlândia desafia
tradição por título nacional
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem nunca ter ganhado o Nacional masculino, o Uberlândia,
líder da fase de classificação, busca manter a boa performance nos
mata-matas, em melhor de cinco
jogos, que começam hoje, com
Araraquara x Ajax. O Uberlândia
estréia na terça, contra o Minas.
Historicamente, os vencedores
da fase inicial costumam naufragar nos playoffs. Das 14 edições já
disputadas, em só seis o campeão
da primeira fase ratificou o título.
Nos últimos seis anos isso ocorreu duas vezes, com o Bauru, em
2002, e o Vasco, há quatro anos.
O Uberlândia vem de uma experiência amarga em 2003. Depois da liderança na primeira fase
(aproveitamento de 84,4%), a
equipe perdeu a final para o Ribeirão Preto, por 3 a 1. Neste ano,
com 80% de vitórias, a preocupação dos mineiros é chegar bem.
"Temos problemas de lesão, por
isso poupei atletas", diz o técnico
Hélio Rubens, cuja equipe disputou dois jogos adiados nesta semana, contra Minas e Blumenau.
Três titulares são dúvida: Valtinho, Tony Harris e Janjão. A situação mais difícil é a do americano, que quebrou um dedo da
mão. Os atletas ficaram fora dos
últimos dois jogos, que não alterariam a colocação do time. O técnico também deu descanso a Rogério, desgastado com a disputa
simultânea da Liga Sul-Americana. "Foi frustrante perder o título
para o Atenas. Mas temos maturidade para não festejarmos tanto
nas vitórias nem nos abalarmos
nas derrotas", diz Hélio Rubens.
O Nacional-04 colocou de novo
em evidência as equipes de fora
de São Paulo. Pela primeira vez no
torneio, os quatro primeiros lugares são de Estados diferentes:
Uberlândia, Flamengo, Ajax-GO
e Mogi. "Chegamos a uma fase
decisiva, em que qualquer clube
pode levar o título", analisa Flávio
Davis, treinador do Minas, oitavo
colocado da fase de classificação.
Tom Zé, técnico do Araraquara,
crê que possam ocorrer novas
surpresas. "O momento é que
manda. Quem ficou em oitavo
pode eliminar o primeiro."
Lula, técnico do Ribeirão, adota
discurso semelhante. "Não fizemos uma campanha tão boa. Mas
temos que esquecer tudo. Agora
começa outro campeonato", diz o
técnico do time paulista, que pega
o Flamengo nos mata-matas. Historicamente, o Ribeirão supera os
cariocas na fase eliminatória. Foi
assim em 1998 e em 2002.
"Tivemos a honra de sermos escolhidos pelo campeão nacional,
que armou uma derrota para o Tijuca para evitar o Ajax nos playoffs", acusa o técnico Emanuel
Bonfim, do Flamengo, que ficou
em segundo na primeira fase.
"Agora vamos mostrar nossa
força", completa o treinador, que
espera vingar uma eliminação
frustrante. Em 2001, dirigiu o Botafogo, melhor time da fase de
classificação, que perdeu nas semifinais para o Ribeirão por 3 a 2.
"A derrota foi sofrida. Após o
jogo anunciei minha aposentadoria", lembra Bonfim, que voltou
neste ano para dirigir o Flamengo.
Técnico do Campos, que disputa seu primeiro mata-mata contra
o Mogi, Guerrinha já dirigiu duas
equipes que foram campeãs da
primeira fase. No Ribeirão, em
1998, perdeu a final. Já no Bauru,
há dois anos, ergueu o troféu.
Agora, quer surpreender. "No
papel, o Mogi tem mais talento.
Mas há outros fatores que influenciam, como o estado físico e
a motivação", afirma Guerrinha.
NA TV - Araraquara x Ajax, na
Sportv, ao vivo, às 18h
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