São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Painel FC

Ricardo Perrone - painelfc.folha@uol.com.br

Remunerado

O ex-vice corintiano Nesi Curi declarou à coluna que recebeu salário nas parcerias com HMTF e MSI: "Não trabalharia de graça para estrangeiro." Ele garante que o dinheiro não saía do clube. Anteontem, falara o mesmo ao ex-vice Osmar Stabile e a sócios. Segundo eles, os valores variaram entre R$ 6.000 e R$ 12 mil. Nesi não confirmou, mas disse ter revelado o recebimento à polícia em inquérito por estelionato e desvio de verba. O estatuto corintiano veda remuneração, o que pode gerar perda de benefícios fiscais.

Defesa. Nesi fala que, quando era rico, ajudou o Corinthians a contratar ao menos dez atletas, inclusive Garrincha. Diz haver registros de sua ajuda e que recusou cargo na MSI com salário de R$ 50 mil.

Clube dos três. Os presidentes de Corinthians e São Paulo devem almoçar hoje no Morumbi com representante do Flamengo para discutir o contrato que o C13 quer assinar com a Globo amanhã, contra a vontade do trio.

Nota de corte. Os três acharam novo um problema: cláusula sobre a comissão paga pela TV aos times, se ela revender os diretos do Brasileiro no próximo triênio. O C13 só ganha se o valor atingir 40% do contrato original.

Chororô. Membro da comissão do C13, que cuidou do contrato, diz não se incomodar com críticas. Diz que Flamengo e São Paulo sempre buscam vantagens na assinatura. Ameaçam, mas cedem.

Acelerador. Irritados com a demora do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), membros do C13 e do Ministério do Esporte se reúnem hoje para discutir forma de pressioná-lo a instalar comissão especial para alterar a Lei Pelé.

Fim de festa. A lei seca nos estádios, em jogos da CBF, valerá nos camarotes, que serviam bebidas até onde já havia proibição, como no Morumbi. A maioria deles tem patrocínio de cervejarias e fabricantes de destilados.

Saideira. CBF e Promotoria darão tempo para os donos dos estádios se adaptarem à nova regra. Admitem esperar o término de contratos vigentes. Mas a tolerância não deve passar do fim do Brasileiro.

Há fumaça. Indagado sobre movimento de conselheiros do Palmeiras para esticar seu mandato em mais um ano, Affonso della Monica afirmou jamais ter ouvido algo sobre isso. Mas, ao responder se seria contra, emendou: "Quem decide é o conselho".

Virada de mesa. Normalmente simpático, o goleiro Marcos se irritou na festa de encerramento do Paulista com fãs que o fotografavam com celulares. Abriu caminho com tranco numa mesa e derrubou um copo, que quebrou.

Panos quentes. João Paulo de Jesus Lopes, do São Paulo, e Luiz Gonzaga Belluzo, do Palmeiras, almoçarão juntos no sábado. Avaliam que a polêmica após os clássicos foi ruim aos dois rivais.

Dividida

"O Palmeiras não provoca. Marco Aurélio Cunha [superintendente do São Paulo] é que exibe foto de jogador machucado. Se o TJD continuar não fazendo nada, não me calarei"
De TONINHO CECÍLIO, gerente de futebol do Palmeiras, sobre o Ministério Público pedir o fim das provocações entre dirigentes

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