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Painel FC
Ricardo Perrone - painelfc.folha@uol.com.br
Remunerado
O ex-vice corintiano Nesi Curi declarou à coluna
que recebeu salário nas parcerias com HMTF e MSI:
"Não trabalharia de graça para estrangeiro." Ele garante que o dinheiro não saía do clube. Anteontem, falara o mesmo ao ex-vice Osmar Stabile e a sócios. Segundo eles, os valores variaram entre R$ 6.000 e R$ 12
mil. Nesi não confirmou, mas disse ter revelado o recebimento à polícia em inquérito por estelionato e
desvio de verba. O estatuto corintiano veda remuneração, o que pode gerar perda de benefícios fiscais.
Defesa. Nesi fala que, quando era rico, ajudou o Corinthians a contratar ao menos
dez atletas, inclusive Garrincha. Diz haver registros de sua
ajuda e que recusou cargo na
MSI com salário de R$ 50 mil.
Clube dos três. Os presidentes de Corinthians e São
Paulo devem almoçar hoje no
Morumbi com representante
do Flamengo para discutir o
contrato que o C13 quer assinar com a Globo amanhã,
contra a vontade do trio.
Nota de corte. Os três
acharam novo um problema:
cláusula sobre a comissão paga pela TV aos times, se ela revender os diretos do Brasileiro no próximo triênio. O C13
só ganha se o valor atingir
40% do contrato original.
Chororô. Membro da comissão do C13, que cuidou do
contrato, diz não se incomodar com críticas. Diz que Flamengo e São Paulo sempre
buscam vantagens na assinatura. Ameaçam, mas cedem.
Acelerador. Irritados com
a demora do presidente da
Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), membros do C13 e
do Ministério do Esporte se
reúnem hoje para discutir
forma de pressioná-lo a instalar comissão especial para alterar a Lei Pelé.
Fim de festa. A lei seca
nos estádios, em jogos da
CBF, valerá nos camarotes,
que serviam bebidas até onde
já havia proibição, como no
Morumbi. A maioria deles
tem patrocínio de cervejarias
e fabricantes de destilados.
Saideira. CBF e Promotoria darão tempo para os donos
dos estádios se adaptarem à
nova regra. Admitem esperar
o término de contratos vigentes. Mas a tolerância não deve
passar do fim do Brasileiro.
Há fumaça. Indagado sobre movimento de conselheiros do Palmeiras para esticar
seu mandato em mais um ano,
Affonso della Monica afirmou
jamais ter ouvido algo sobre
isso. Mas, ao responder se seria contra, emendou: "Quem
decide é o conselho".
Virada de mesa. Normalmente simpático, o goleiro Marcos se irritou na festa
de encerramento do Paulista
com fãs que o fotografavam
com celulares. Abriu caminho
com tranco numa mesa e derrubou um copo, que quebrou.
Panos quentes. João
Paulo de Jesus Lopes, do São
Paulo, e Luiz Gonzaga Belluzo, do Palmeiras, almoçarão
juntos no sábado. Avaliam
que a polêmica após os clássicos foi ruim aos dois rivais.
Dividida
"O Palmeiras não provoca. Marco Aurélio Cunha
[superintendente do São Paulo] é que exibe foto
de jogador machucado. Se o TJD continuar não
fazendo nada, não me calarei"
De TONINHO CECÍLIO, gerente de futebol do Palmeiras, sobre o Ministério Público pedir o fim das provocações entre dirigentes
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