São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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São Paulo põe Morumbi à prova

Time, que não empolga na temporada, aposta na força de sua arena para ir às quartas da Libertadores

Sem conquista estadual e sem vantagem na partida de volta, 17 atletas treinam pênaltis para caso de novo 0 a 0 com Nacional uruguaio

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

História e tradição respaldam o São Paulo como favorito em qualquer Libertadores que o time dispute. Porém, neste ano, o andar da carruagem deixa o time como o menos empolgante dentre os brasileiros.
Cinco equipes brasileiras chegaram às oitavas. Três foram para o jogo de volta dependendo apenas de empate para seguir às quartas: Flamengo, Fluminense, que se classificou ontem, e Santos. Duas delas foram campeãs em seus Estados: Flamengo e Cruzeiro.
O São Paulo não ganhou o Paulista e está na mesma situação do Cruzeiro ante o Boca Juniors: precisa vencer seu jogo de volta hoje, às 21h50, contra o Nacional, para prosseguir no sonho do tetra. Como o primeiro jogo, em Montevidéu, terminou empatado em 0 a 0, qualquer empate à exceção de novo jogo sem gols classifica os uruguaios. "O empate não foi um bom resultado para nós, mas eles não marcaram gols, e isso é positivo", declarou o técnico do Nacional, Gerardo Pelusso.
Na autocrítica do time do Morumbi, realmente as atuações deste ano deixam a desejar. Muricy Ramalho pede paciência ao torcedor. O capitão Rogério alerta que vai haver sofrimento. Mais uma vez, porém, a história e a tradição pesam na hora de injetar confiança no torcedor tricolor.
No Morumbi, o São Paulo sofreu apenas seis derrotas em 47 partidas válidas pela Libertadores. E só saiu derrotado nos mata-matas do torneio uma vez: quando perdeu o título, nos pênaltis, para o argentino Vélez Sarsfield (ARG), em 1994. Para Muricy Ramalho, não ser tão favorito tem suas vantagens. "É bom entrar assim em qualquer torneio. É ruim quando falam demais de um time", afirma Muricy, ciente das expectativas que o atual bicampeão do Brasileiro despertaram não apenas nos torcedores mas também nos adversários.
O time chega ao jogo de hoje sem seu principal assistente de ataque. Jorge Wagner está mesmo fora da partida, devido ao entorse no joelho sofrido em Montevidéu, e Hugo entra no 4-4-2, que terá Zé Luís com Hernanes na contenção.
A principal preocupação se refere a Richard Morales, agora mais íntimo da defesa tricolor. "O atacante grandalhão deles é encardido, muito difícil de marcar. A mão dele dá duas da minha", disse Alex Silva.
O time também está precavido em caso de pênaltis. Ontem, nada menos que 17 jogadores treinaram cobranças. Rogério, Adriano, Borges e Hernanes apareceram como virtuais chutadores em caso de novo 0 a 0 no tempo normal, aproveitando a maioria dos disparos.
Atacante que ainda não marcou na Libertadores, Borges se disse satisfeito por ter sido prestigiado por Muricy e mostrou despreocupação com a baixa produtividade no torneio continental. "Estou tranqüilo em relação a isso. Não sinto pressão nenhuma e tenho certeza de que uma hora o gol vai sair", afirmou o jogador.


NA TV - São Paulo x Nacional
Globo (para SP) e Sportv, ao vivo, às 21h50



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