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São Paulo põe Morumbi à prova
Time, que não empolga na temporada, aposta na força de sua arena para ir às quartas da Libertadores
Sem conquista estadual e sem vantagem na partida
de volta, 17 atletas treinam pênaltis para caso de novo 0
a 0 com Nacional uruguaio
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
História e tradição respaldam o São Paulo como favorito
em qualquer Libertadores que
o time dispute. Porém, neste
ano, o andar da carruagem deixa o time como o menos empolgante dentre os brasileiros.
Cinco equipes brasileiras
chegaram às oitavas. Três foram para o jogo de volta dependendo apenas de empate para
seguir às quartas: Flamengo,
Fluminense, que se classificou
ontem, e Santos. Duas delas foram campeãs em seus Estados:
Flamengo e Cruzeiro.
O São Paulo não ganhou o
Paulista e está na mesma situação do Cruzeiro ante o Boca Juniors: precisa vencer seu jogo
de volta hoje, às 21h50, contra o
Nacional, para prosseguir no
sonho do tetra. Como o primeiro jogo, em Montevidéu, terminou empatado em 0 a 0, qualquer empate à exceção de novo
jogo sem gols classifica os uruguaios. "O empate não foi um
bom resultado para nós, mas
eles não marcaram gols, e isso é
positivo", declarou o técnico do
Nacional, Gerardo Pelusso.
Na autocrítica do time do
Morumbi, realmente as atuações deste ano deixam a desejar. Muricy Ramalho pede paciência ao torcedor. O capitão
Rogério alerta que vai haver sofrimento. Mais uma vez, porém, a história e a tradição pesam na hora de injetar confiança no torcedor tricolor.
No Morumbi, o São Paulo sofreu apenas seis derrotas em 47
partidas válidas pela Libertadores. E só saiu derrotado nos
mata-matas do torneio uma
vez: quando perdeu o título,
nos pênaltis, para o argentino
Vélez Sarsfield (ARG), em 1994.
Para Muricy Ramalho, não ser
tão favorito tem suas vantagens. "É bom entrar assim em
qualquer torneio. É ruim quando falam demais de um time",
afirma Muricy, ciente das expectativas que o atual bicampeão do Brasileiro despertaram
não apenas nos torcedores mas
também nos adversários.
O time chega ao jogo de hoje
sem seu principal assistente de
ataque. Jorge Wagner está
mesmo fora da partida, devido
ao entorse no joelho sofrido em
Montevidéu, e Hugo entra no
4-4-2, que terá Zé Luís com
Hernanes na contenção.
A principal preocupação se
refere a Richard Morales, agora
mais íntimo da defesa tricolor.
"O atacante grandalhão deles é
encardido, muito difícil de
marcar. A mão dele dá duas da
minha", disse Alex Silva.
O time também está precavido em caso de pênaltis. Ontem,
nada menos que 17 jogadores
treinaram cobranças. Rogério,
Adriano, Borges e Hernanes
apareceram como virtuais chutadores em caso de novo 0 a 0
no tempo normal, aproveitando a maioria dos disparos.
Atacante que ainda não marcou na Libertadores, Borges se
disse satisfeito por ter sido
prestigiado por Muricy e mostrou despreocupação com a
baixa produtividade no torneio
continental. "Estou tranqüilo
em relação a isso. Não sinto
pressão nenhuma e tenho certeza de que uma hora o gol vai
sair", afirmou o jogador.
NA TV - São Paulo x Nacional
Globo (para SP) e Sportv, ao vivo,
às 21h50
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