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FRANÇA, FORA DE CAMPO
Federação é exemplo de organização
DO ENVIADO A SEUL
A superioridade que a seleção
francesa tem demonstrado sobre
a brasileira nos últimos anos excede os limites do gramado.
A estrutura que a Federação
Francesa de Futebol coloca à disposição do treinador Roger Lemerre chama a atenção pela grandiosidade e pela estabilidade.
A delegação da França na Copa
das Confederações, incluindo jogadores, comissão técnica e apoio
administrativo, tem 60 pessoas,
quase o dobro de integrantes da
brasileira, com 35 pessoas.
Embora o presidente da federação, Claude Simonet, esteja o tempo todo com o grupo na Coréia do
Sul, o chefe da delegação é Lemerre, que conta com dois auxiliares,
os ex-jogadores René Girard e
Guy Stefane.
Ao explicar o seu trabalho, o
responsável pela logística, Henry
Emile, chega a desdenhar da Fifa.
"Se precisamos nos deslocar urgentemente de Seul a Tóquio, a
Fifa levará umas 12 horas para organizar a viagem. Nós somos capazes de viajar em duas horas."
A sequência de trabalho dos
profissionais é uma das chaves
para o sucesso do futebol francês
nos últimos anos.
Quando o atual treinador deixar
o cargo, é provável que seja substituído por alguém do corpo de
técnicos da própria federação
-um dos dois auxiliares ou o
treinador da seleção sub-20, Raiumund Domenech.
É o caso de Lemerre, que foi auxiliar do seu antecessor, o campeão mundial Aimé Jacquet.
A boa estrutura da federação, tida como a mais organizada da
Europa, tem permitido, entre outras coisas, o desenvolvimento
das categorias de base na França
nos últimos anos.
Nos anos 70, a Federação Francesa criou o Instituto de Formação de Vichi, que se tornou uma
referência para os clubes montarem os seus próprios centros de
revelação de atletas. O CT da seleção francesa, em Clarefontaine,
também é modelo.
(FV)
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