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FUTEBOL
Temporada é a 1ª, desde a escalada sul-americana, com fiasco regional
Em 2001, Palmeiras vira
um time só internacional
JOÃO CARLOS BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras efetivou uma aposta arriscada nesta temporada.
Dessa vez, a equipe se apega
unicamente à disputa internacional, teoricamente a mais difícil.
Como conseguiu, graças a duas
vitórias nos pênaltis, avançar até
as semifinais da Libertadores, em
que abre a série hoje à noite contra o Boca Juniors, fora de casa,
ainda há a chance de dar certo.
Além do fiasco regional no primeiro semestre, precisa ser compensado o adiamento do Mundial
de Clubes da Fifa, que era a prioridade para esta temporada.
Com o título sul-americano, o
Palmeiras voltará a disputar no final do ano o Mundial interclubes,
depois de ter perdido a chance de
vencê-lo em 1999, contra o Manchester United (Inglaterra).
O clube paulista teve agora, pela
primeira vez desde o início em
1998 de sua escalada internacional, um semestre sem ao menos
disputar uma decisão local.
No ano em que conquistou o
primeiro título sul-americano da
atual série, o da Mercosul de 1998,
o Palmeiras também havia vencido no semestre anterior a Copa
do Brasil, que, inclusive, o classificou para a Libertadores seguinte.
Em 1999, veio a conquista mais
importante da história palmeirense, a da Libertadores, ao superar na decisão o Deportivo Cali
(Colômbia), nos pênaltis.
No primeiro semestre do mesmo ano, o time paulista já havia
chegado à final do Estadual, contra o arqui-rival Corinthians, e às
semifinais da Copa do Brasil.
Ainda conseguiu incrementar,
até o término de 1999, sua galeria
de feitos internacionais com um
vice-campeonato da Mercosul.
No ano passado, também se sagrou vice-campeão da Libertadores, com a derrota nos pênaltis para o Boca Juniors. Antes, já havia
vencido o Torneio Rio-São Paulo
e sido semifinalista do Paulista.
O último feito sul-americano
veio no final de 2000, com outro
vice-campeonato da Mercosul.
Nesta temporada, a performance fora da Libertadores foi pífia.
No Rio-São Paulo e no Paulista,
acabou eliminado nas fases iniciais. Da Copa do Brasil, então,
nem chegou a participar.
Mesmo no torneio sul-americano, o Palmeiras só conseguiu
avançar a muito custo. As classificações nas oitavas e quartas-de-final, contra São Caetano e Cruzeiro, respectivamente, foram obtidas com gols no final dos jogos de
volta e disputas de pênaltis.
Um segundo título da Libertadores poderá representar ainda
mais dinheiro, com premiações
da Confederação Sul-Americana
e do novo patrocinador, e a manutenção de estrelas, como Alex.
Com tudo isso novamente em
jogo a partir de hoje, o técnico
Celso Roth deverá optar por uma
formação mais defensiva, com
três volantes no meio-campo e
apenas um atacante.
"Atuar com três volantes não
significa ser defensivo", justificou
o treinador. ""Todos os três [Galeano, Fernando e Magrão] sabem sair para o jogo", afirmou.
O meia Alex acha que sua equipe não pode atuar recuada. "A
maioria dos times que joga no La
Bombonera fica atrás e proporciona pressão ao Boca", explicou.
Os atletas palmeirenses, por sinal, acreditam que a fanática torcida do rival não os atrapalhará.
"Nós temos jogadores experientes, que estão acostumados com
isso", disse o zagueiro Alexandre,
que estréia no La Bombonera.
NA TV - Bandeirantes, Globo e
PSN, ao vivo, às 21h40
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