São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2001

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FUTEBOL

Temporada é a 1ª, desde a escalada sul-americana, com fiasco regional

Em 2001, Palmeiras vira um time só internacional

JOÃO CARLOS BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras efetivou uma aposta arriscada nesta temporada.
Dessa vez, a equipe se apega unicamente à disputa internacional, teoricamente a mais difícil.
Como conseguiu, graças a duas vitórias nos pênaltis, avançar até as semifinais da Libertadores, em que abre a série hoje à noite contra o Boca Juniors, fora de casa, ainda há a chance de dar certo.
Além do fiasco regional no primeiro semestre, precisa ser compensado o adiamento do Mundial de Clubes da Fifa, que era a prioridade para esta temporada.
Com o título sul-americano, o Palmeiras voltará a disputar no final do ano o Mundial interclubes, depois de ter perdido a chance de vencê-lo em 1999, contra o Manchester United (Inglaterra).
O clube paulista teve agora, pela primeira vez desde o início em 1998 de sua escalada internacional, um semestre sem ao menos disputar uma decisão local.
No ano em que conquistou o primeiro título sul-americano da atual série, o da Mercosul de 1998, o Palmeiras também havia vencido no semestre anterior a Copa do Brasil, que, inclusive, o classificou para a Libertadores seguinte.
Em 1999, veio a conquista mais importante da história palmeirense, a da Libertadores, ao superar na decisão o Deportivo Cali (Colômbia), nos pênaltis.
No primeiro semestre do mesmo ano, o time paulista já havia chegado à final do Estadual, contra o arqui-rival Corinthians, e às semifinais da Copa do Brasil.
Ainda conseguiu incrementar, até o término de 1999, sua galeria de feitos internacionais com um vice-campeonato da Mercosul.
No ano passado, também se sagrou vice-campeão da Libertadores, com a derrota nos pênaltis para o Boca Juniors. Antes, já havia vencido o Torneio Rio-São Paulo e sido semifinalista do Paulista.
O último feito sul-americano veio no final de 2000, com outro vice-campeonato da Mercosul.
Nesta temporada, a performance fora da Libertadores foi pífia. No Rio-São Paulo e no Paulista, acabou eliminado nas fases iniciais. Da Copa do Brasil, então, nem chegou a participar.
Mesmo no torneio sul-americano, o Palmeiras só conseguiu avançar a muito custo. As classificações nas oitavas e quartas-de-final, contra São Caetano e Cruzeiro, respectivamente, foram obtidas com gols no final dos jogos de volta e disputas de pênaltis.
Um segundo título da Libertadores poderá representar ainda mais dinheiro, com premiações da Confederação Sul-Americana e do novo patrocinador, e a manutenção de estrelas, como Alex.
Com tudo isso novamente em jogo a partir de hoje, o técnico Celso Roth deverá optar por uma formação mais defensiva, com três volantes no meio-campo e apenas um atacante.
"Atuar com três volantes não significa ser defensivo", justificou o treinador. ""Todos os três [Galeano, Fernando e Magrão] sabem sair para o jogo", afirmou.
O meia Alex acha que sua equipe não pode atuar recuada. "A maioria dos times que joga no La Bombonera fica atrás e proporciona pressão ao Boca", explicou.
Os atletas palmeirenses, por sinal, acreditam que a fanática torcida do rival não os atrapalhará. "Nós temos jogadores experientes, que estão acostumados com isso", disse o zagueiro Alexandre, que estréia no La Bombonera.


NA TV - Bandeirantes, Globo e PSN, ao vivo, às 21h40



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