DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A iniciativa de se abrir um processo de cassação contra o deputado Eurico Miranda (PPB-RJ) partiu das denúncias apuradas pela CPI do Futebol no Senado em 2000.
O deputado foi acusado de evasão de divisas, sonegação fiscal e desvio de recursos do Vasco, clube que preside, para sua campanha eleitoral em 1998.
Eurico também tentou inviabilizar os trabalhos do Senado, ameaçando técnicos da CPI e ofendeu publicamente o presidente da comissão, senador Álvaro Dias (PDT-PR).
Na mesma época, foi realizada uma CPI semelhante na Câmara dos Deputados em que Eurico foi membro.
Nesta CPI, o dirigente do Vasco não foi incriminado.
A partir das denúncias da CPI do Senado, o corregedor-geral da Câmara, deputado Barbosa Neto (PMDB-GO), escreveu um relatório e o apresentou na semana passada à mesa da Casa pedindo a cassação de Eurico por quebra de decoro parlamentar.
O relatório foi rejeitado pela maioria dos deputados.
Eles argumentaram que Eurico, um deputado, não poderia ser punido com base em investigação feita pelo Senado.
Barbosa Neto disse que o julgamento da Mesa da Câmara foi mais político do que jurídico, mas não acredita que o arquivamento signifique a absolvição de Eurico.
"As eleições estão se aproximando e os eleitores do Rio vão decidir o futuro do deputado Eurico", afirmou. (SL)


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