FÁBIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL A KÖNIGSTEIN

Nos primórdios do marketing esportivo, Pelé foi garoto-propaganda da Puma. Encantou o mundo na Copa de 1970 com chuteiras da empresa alemã. Pelo menos essa é a versão oficial, o que estava no contrato. Mas não foi o que aconteceu.
O ex-jogador Tostão, um dos destaques do tri e hoje colunista da Folha, conta outra história: Pelé jogou com chuteiras Adidas travestidas de Puma.
Aquela foi a primeira Copa em que os jogadores do Brasil tinham compromisso com uma mesma empresa, a Adidas. Ou melhor, quase todos. A exceção foi Pelé, que assinara um contrato milionário com a Puma.
Mas o craque achava o modelo da Adidas mais confortável. Pediu então ao roupeiro do time para fazer maquiagem: tirar as três listras do calçado Adidas e pôr no lugar uma única, mais grossa, igual à da Puma.
Usou o truque durante toda a competição, e o resto da história o mundo inteiro já sabe.
Em 2005, Pelé voltou a assinar com a Puma, desta vez lançando uma coleção de roupas "retrô", inspiradas nos uniformes dos times em que atuou -Brasil, Santos e Cosmos.
Amanhã a multinacional vai lançar campanha mundial, e Pelé será um dos destaques.
Associada à cultura clubber, a Puma é, das três maiores fornecedoras de material da Copa, talvez a mais "cult" entre as tribos moderninhas, concorrendo no quesito com a Adidas.


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