São Paulo, sábado, 07 de junho de 2008

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Europa glamouriza nova geração em sua copa particular

Jogadores como Cristiano Ronaldo, Fábregas, Benzema e Podolski são as estrelas da competição que começa hoje

Batalhão de teens no interseleções só não é maior porque Bojan, 17, e Babel, 21, não poderão disputar a competição continental

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de hoje, a Europa estará de olho no que nomes como Cristiano Ronaldo e Podolski irão mostrar na Áustria e na Suíça, países-sedes da 13ª edição da Eurocopa, que abre com duas partidas.
E, já no rastro dos principais candidatos a astros do campeonato europeu, estará em evidência uma geração de estrelas ainda mais prematura.
É o caso do meio-campista Cesc Fábregas, 21, um dos principais nomes da Espanha -e que sempre teve na precocidade a sua marca registrada.
Formado no Barcelona, chamou a atenção do Arsenal, da Inglaterra, que o contratou em 2003 -tinha apenas 16 anos na época. Tornou-se o mais jovem na história do clube a atuar.
Naquele mesmo ano, foi considerado o melhor jogador do Mundial sub-17, na Finlândia -a Espanha perdeu a decisão por 1 a 0 para o Brasil.
Chegou à final da Copa dos Campeões da Europa de 2006, quando o time londrino foi derrotado pelo Barcelona por 2 a 1.
Fabregas tornou-se o atleta mais jovem a atuar pela seleção espanhola na Copa de 2006, no jogo diante da Ucrânia, com apenas 19 anos e 41 dias.
Ele só não terá a companhia do atacante Bojan, 17, do Barcelona, porque este alegou cansaço e pediu dispensa da equipe ao técnico Luis Aragonés.
Outra seleção que aposta suas fichas na renovação é a francesa. Com o fim do ciclo de Thierry Henry, 30, à vista, a equipe do treinador Raymond Domenech já pensa até mais à frente da geração de Ribéry, 25, do Bayern de Munique.
Karim Benzema, 20, e Bafetimbi Gomis, 22, têm força física e faro para fazer gols.
Benzema, por exemplo, fez 19 gols na campanha do heptacampeonato do Lyon.
Estreou pela seleção em março de 2007, num amistoso ante a Áustria. Marcou o único tento do jogo sete minutos após entrar na vaga de Cissé.
Já Gomis surgiu como um furacão nas últimas semanas.
Autor de 16 gols na campanha do Saint-Étienne pela liga local, foi chamado para o amistoso contra o Equador, no último dia 27, antes de Domenech divulgar a lista final da Euro. Marcou os dois gols da vitória e carimbou sua vaga no grupo.
"Espero que Gomis tenha uma longa carreira na seleção francesa. Tem talento para isso", falou o técnico após o jogo.
Em Portugal, nem o técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari arriscaria apostar suas fichas em outro nome que não seja o de Cristiano Ronaldo.
Campeão e artilheiro europeu com o Manchester United, desejado pelo Real Madrid, provável melhor do mundo na eleição da Fifa no final do ano, o camisa 7 tem tudo para brilhar nesta Eurocopa.
Já um "veterano" na seleção, jogou a última edição do torneio, em casa, quando perdeu a final para os gregos. No Mundial da Alemanha, dois anos depois, conduziu a equipe de Scolari até as semifinais -foi derrotado pela França por 1 a 0.
Mas, enquanto os holofotes -e os zagueiros- estarão concentrados nas pedaladas e jogadas do atacante mais badalado na atualidade, outra figura pode surpreender no torneio.
Seguindo os passos de Ronaldo, Nani, 21, traça caminho bem parecido. Saiu do mesmo Sporting, de Lisboa, e também foi parar no Manchester United, onde acaba de erguer a taça da Copa dos Campeões.
"Portugal tem grandes talentos, assim como jogadores muito experientes e julgo que podemos estar otimistas quanto ao futuro", declarou Scolari ao site oficial da Uefa.
A lista de promessas da Euro só não está ainda mais completa porque, além de Bojan, o atacante holandês Babel, 21, do Liverpool, está fora por contusão.


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