São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009

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Número 1, Safina perde 3ª final de Grand Slam

Favorita, russa perde o título de Roland Garros para a compatriota Kuznetsova, que põe fim à série de 16 vitórias seguidas da rival

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao chegar ao topo do ranking sem um título de Grand Slam no currículo, a russa Dinara Safina, 23, teve que ouvir vários comentários a respeito.
Ontem, ela tinha a oportunidade de calar os críticos e consolidar sua posição de número um do mundo com o título de Roland Garros, mas falhou.
"Hoje [ontem] aprendi que não posso me colocar tanta pressão", afirmou ela. "Tenho que somente jogar meu tênis."
Com uma dupla falta, Safina permitiu que sua compatriota Svetlana Kuznetsova, sétima do mundo, vencesse por 2 a 0 (6/4 e 6/2) e levasse seu segundo título de Grand Slam -foi campeã no Aberto dos EUA-04.
Ao repetir a campanha do ano passado, a irmã de Marat Safin conseguiu assegurar o topo do ranking a ser divulgado amanhã, mas deu munição aos críticos ao falhar em sua terceira final de Grand Slam -também foi derrotada pela americana Serena Williams no Aberto da Austrália, em janeiro.
Única jogadora a vencer Safina na temporada de saibro (na final de Stuttgart, no mês passado), Kuznetsova repetiu o feito ontem, em Paris.
"Creio que joguei muito bem hoje [ontem]", afirmou Kuznetsova, após receber o troféu da alemã Steffi Graf, seis vezes campeã em Roland Garros. "Ela [Safina] tinha muita pressão sob os ombros."
Após ver encerrada sua série de 16 vitórias seguidas, a número um discursou aos torcedores com a voz embargada.
"Estou na mesma situação do ano passado", afirmou a russa. "Espero que algum dia eu possa vencer aqui", completou.
Safina começou a partida quebrando o serviço de Kuznetsova. As trocas foram frequentes no primeiro set, até que Kuznetsova derrubou o saque da adversária no 12º game.
Na segunda parcial, as duas conseguiram manter seus serviços, até que a sétima do mundo abriu vantagem com uma quebra no sexto game.
Safina passou a demonstrar todo o seu nervosismo e a errar bastante. Kuznetsova aproveitou o momento (chegou até a fazer embaixadinhas com a bolinha) para consolidar sua vantagem e fechar a partida em uma hora e 14 minutos.
"Estava perdida em quadra e não fiz as coisas que tinha que fazer", afirmou a número um. "Não joguei tão agressivamente como nas primeiras partidas, mas não é fácil fazer isso contra ela [Kuznetsova]", completou Safina, que deixou a sala de entrevistas chorando.

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