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Número 1, Safina perde 3ª final de Grand Slam
Favorita, russa perde o título de Roland Garros para a compatriota Kuznetsova, que põe fim à série de 16 vitórias seguidas da rival
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao chegar ao topo do ranking
sem um título de Grand Slam
no currículo, a russa Dinara Safina, 23, teve que ouvir vários
comentários a respeito.
Ontem, ela tinha a oportunidade de calar os críticos e consolidar sua posição de número
um do mundo com o título de
Roland Garros, mas falhou.
"Hoje [ontem] aprendi que
não posso me colocar tanta
pressão", afirmou ela. "Tenho
que somente jogar meu tênis."
Com uma dupla falta, Safina
permitiu que sua compatriota
Svetlana Kuznetsova, sétima
do mundo, vencesse por 2 a 0
(6/4 e 6/2) e levasse seu segundo título de Grand Slam -foi
campeã no Aberto dos EUA-04.
Ao repetir a campanha do
ano passado, a irmã de Marat
Safin conseguiu assegurar o topo do ranking a ser divulgado
amanhã, mas deu munição aos
críticos ao falhar em sua terceira final de Grand Slam -também foi derrotada pela americana Serena Williams no Aberto da Austrália, em janeiro.
Única jogadora a vencer Safina na temporada de saibro (na
final de Stuttgart, no mês passado), Kuznetsova repetiu o
feito ontem, em Paris.
"Creio que joguei muito bem
hoje [ontem]", afirmou Kuznetsova, após receber o troféu
da alemã Steffi Graf, seis vezes
campeã em Roland Garros.
"Ela [Safina] tinha muita pressão sob os ombros."
Após ver encerrada sua série
de 16 vitórias seguidas, a número um discursou aos torcedores
com a voz embargada.
"Estou na mesma situação do
ano passado", afirmou a russa.
"Espero que algum dia eu possa
vencer aqui", completou.
Safina começou a partida
quebrando o serviço de Kuznetsova. As trocas foram frequentes no primeiro set, até
que Kuznetsova derrubou o saque da adversária no 12º game.
Na segunda parcial, as duas
conseguiram manter seus serviços, até que a sétima do mundo abriu vantagem com uma
quebra no sexto game.
Safina passou a demonstrar
todo o seu nervosismo e a errar
bastante. Kuznetsova aproveitou o momento (chegou até a
fazer embaixadinhas com a bolinha) para consolidar sua vantagem e fechar a partida em
uma hora e 14 minutos.
"Estava perdida em quadra e
não fiz as coisas que tinha que
fazer", afirmou a número um.
"Não joguei tão agressivamente
como nas primeiras partidas,
mas não é fácil fazer isso contra
ela [Kuznetsova]", completou
Safina, que deixou a sala de entrevistas chorando.
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