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Posso queimar a língua...
RODRIGO BUENO
Schmeichel; Matthäus; Zanetti,
Costacurta e Roberto Carlos;
Hierro, Seedorf, Mijatovic e Zidane; Ronaldinho e Batistuta.
Arrisco dizer que essa será a
seleção da Copa. Posso queimar a
língua (e ser cobrado por isso),
mas não resisti ao exercício de
futurologia. Eis as justificativas.
Schmeichel: o goleiro dinamarquês tem inegáveis qualidades e,
como sua defesa está demonstrando fragilidade, deve ser muito exigido, aparecendo bastante.
Além disso, quase sempre o melhor goleiro da Copa pertence a
um time que não é de ponta.
Matthäus: o líbero alemão não
garantiu lugar no time titular,
mas, pela experiência e eficácia
na armação e marcação, deve se
fixar na Alemanha, liderando-a.
E mais: basta um jogo para que
ele entre para a história como o
jogador que mais atuou em Copa.
Zanetti: o lateral-direito argentino é versátil e, como fez contra
o Brasil e como tem feito na Internazionale, pode compor o
meio-campo com perfeição.
Sua utilidade é tanta que o técnico Daniel Passarella pode
aproveitá-lo até pela esquerda.
Costacurta: o zagueiro italiano
nunca teve muito destaque porque sempre ficou ao lado de Baresi, mas agora, comandando o
miolo da defesa, pode brilhar.
E, normalmente, os italianos
colocam representantes da defesa
em seleções de Mundiais.
Roberto Carlos: o lateral-esquerdo brasileiro esbanja potência nas arrancadas ao ataque e
nos chutes a gol.
Em partidas duras (e se espera
muitas nesta Copa), ele pode ser
decisivo em cobranças de falta.
Hierro: o zagueiro espanhol tem
talento e personalidade de sobra,
tanto que atua no meio-campo,
onde é múltiplo cabeça-de-área.
Sua presença também deve ser
notada no ataque, pela disposição física e cobranças de falta.
Seedorf: o meia holandês é um
dos atletas de maior qualidade
técnica do mundo, capaz de fazer
jogadas de efeito e produtivas.
Tem grande condicionamento
físico, o que lhe permite cair pelas
pontas e ajudar na marcação.
Mijatovic: o meia-atacante iugoslavo concilia habilidade e velocidade como poucos, sendo
também um goleador nato.
Especialmente contra Irã e
EUA, na primeira fase, o craque
dos bálcãs pode fazer seu nome.
Zidane: o meia francês está na
pequena lista de foras-de-série da
atualidade e guia o time-sede da
Copa com genialidade.
Também tem a possibilidade de
se consagrar contra a Arábia
Saudita e a África do Sul.
Ronaldinho: o atacante brasileiro sabe como poucos sobressair
sobre pesada marcação, como
tem mostrado na Itália.
Com jogadores de alto nível para municiá-lo, como Giovanni e
Rivaldo, o sucesso fica mais fácil.
Batistuta: o atacante argentino
possui grande presença e é exímio
finalizador, mesmo no jogo aéreo, que pode prevalecer na Copa.
Para facilitar ainda mais, Jamaica e Japão são os dois primeiros adversários do "Batigol".
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