São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2000


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TÊNIS
Em Wimbledon, norte-americano tenta igualar os 12 títulos de Grand Slam obtidos pelo australiano Roy Emerson
Na caminhada por recorde, Sampras enfrenta azarão

DA REPORTAGEM LOCAL

Melhor tenista dos anos 90, Pete Sampras vê encarnado em um azarão, número 237 do antigo ranking, o penúltimo obstáculo que o separa de seu sétimo triunfo em Wimbledon, o que faria do norte-americano recordista isolado em títulos de Grand Slams.
As duas semifinais do torneio inglês estão marcadas para hoje, a partir das 10h (de Brasília). Na primeira partida, repetindo o duelo de 1999, se encontrarão o norte-americano Andre Agassi e o australiano Patrick Rafter.
Sampras, 28, entrará na quadra central do All England Club em seguida para jogar contra o bielo-russo Vladimir Voltchkov, 22.
Campeão juvenil do torneio em 1996, Voltchkov conseguiu uma façanha -nem de longe comparável aos seis títulos de Sampras-, mas que, por enquanto, já o permitiu figurar ao menos nas estatísticas do mais importante torneio do mundo. Ao derrotar Byron Black, do Zimbábue, tornou-se o primeiro jogador saído da chave classificatória, desde John McEnroe, em 1977, a alcançar a semifinal em Wimbledon.
Sem ter participado de nenhum torneio do circuito principal da ATP no ano -recuperava-se de uma contusão no ombro-, somente entrou no classificatório porque três jogadores desistiram.
Deixará Londres com, no mínimo, US$ 181 mil -o prêmio do semifinalista. Não deverá, nos próximos meses, precisar pedir calções emprestados ao amigo Marat Safin. Ou, como fez em uma entrevista, agradecer à Nike pelos dois pares de tênis que ganhou antes do duelo com Black.
Por outro lado, a despeito dos US$ 722 mil de um eventual título, Pete Sampras também é movido pela possibilidade de ampliar sua condição de legenda.
Vencedor nas seis vezes em que chegou à final em Wimbledon, divide com o australiano Roy Emerson (que atuou na década de 60) o primeiro posto em conquistas de Grand Slams: foram 12 títulos.
Sampras, que desde a estréia padeceu com dores do tornozelo esquerdo, agora diz-se recuperado por conta de tratamento com seu acumpunturista. E de descanso.
Descanso que fez cair sobre a organização a acusação de tê-lo favorecido. Isso ocorreu na terceira rodada, quando parte da programação foi atrasada por conta das chuvas. Na retomada, Sampras foi escalado para fazer a última partida do dia, embora, de antemão, fosse sabido que não haveria mais luz natural no horário.
""Se fosse em qualquer outro torneio, eu não estaria mais jogando", disse, quando indagado sobre a gravidade da contusão.
Rival dos brasileiros na próxima semana, na Copa Davis, o australiano Patrick Rafter, 53º do novo ranking, tem no retrospecto sua maior fraqueza diante de Agassi.
Rafter perdeu sete dos dez jogos que fez com o americano. Campeão do Aberto da Austrália, em janeiro, Agassi coleciona desde então uma série de tropeços. Caiu nas semifinais em Miami e na segunda rodada em Roland Garros. Em Wimbledon, salvou dois match points contra o compatriota Todd Martin antes de batê-lo.
NA TV - Semifinais de Wimbledon, ao vivo, às 10h, na PSN


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