DA REPORTAGEM LOCAL

O único remédio indicado pelo Conselho Fiscal do São Paulo para sanar as contas é a venda imediata de jogadores.
O relatório assinado pelo presidente do órgão, Edison Richelmo Zago, foi remetido no dia 24 ao presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa.
Segundo o balanço, "os índices de liquidez do São Paulo estão em níveis preocupantes". Para cada R$ 1 que o clube tinha a pagar em 30 de abril, havia apenas R$ 0,18 em caixa.
"Sem que haja um processo de desmobilização, pois o São Paulo possui um patrimônio muito superior a sua dívida [de R$ 50 milhões], observa-se que a alternativa de alteração do quadro atual depende substancialmente da reversão dos prejuízos e da obtenção de recursos provenientes de lucros na venda ou transferência de atletas profissionais", diz o relatório do conselho fiscal.
Mas tal clamor não precisa ser atendido por Gouvêa. O estatuto do clube, no qual o regime é presidencialista, não obriga o presidente a seguir as indicações do conselho.
"Não é correto admitir que tudo que está ali descrito [no relatório] é dívida real. Algumas coisas só têm que ser pagas se entrarem recursos para tal", disse João Paulo de Jesus Lopes, diretor financeiro do clube. (MR)


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