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Time crê em intercâmbio e conquista
DA REPORTAGEM LOCAL
Conhecer pessoas novas e ganhar a taça. É o que esperam os jovens de origem humilde que vão
ao Mundial de futebol de rua.
Devido à indefinição da presença do país no evento, eles se juntaram para treinar só há uma semana, em Belo Horizonte.
"Queremos conhecer pessoas
diferentes, outros dialetos, gente
maneira", disse Leandro da Silva,
17, frequentador do Espaço
Criança Esperança do Rio, direcionado aos morros Cantagalo,
Pavão e Pavãozinho.
"Dá saudade da família, e muita,
mas a gente tem que pensar um
pouco em nós", declarou Adriano
da Silva, 17, que vive no Jardim
Ângela, zona sul de São Paulo.
"Estou confiante, acho que dá
para trazer a taça", disse Judison
dos Reis, 15, goleiro e caçula do time. Ele fez do Brasil para a Europa sua primeira viagem de avião,
mas não sabia se poderia jogar já
que a idade mínima para participar é de 16 anos. A delegação brasileira, chefiada por Osmar Vargas e que ainda conta com o técnico Antônio Carlos Souza, tentaria
convencer as outras equipes a
abrir uma exceção para ele.
Vargas explicou como foi feita a
seleção e a intenção social do torneio. "Eles têm participação efetiva no projeto em suas comunidades, estão estudando, são engajados e disciplinados. Eles têm que
aproveitar essa viagem para criar
uma consciência crítica. Para que,
quando voltem à realidade deles,
onde impera a violência, transmitam isso para as comunidades deles, ajudem a formar cidadãos",
afirmou Vargas.
(LC)
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