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São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

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Time crê em intercâmbio e conquista

DA REPORTAGEM LOCAL

Conhecer pessoas novas e ganhar a taça. É o que esperam os jovens de origem humilde que vão ao Mundial de futebol de rua.
Devido à indefinição da presença do país no evento, eles se juntaram para treinar só há uma semana, em Belo Horizonte.
"Queremos conhecer pessoas diferentes, outros dialetos, gente maneira", disse Leandro da Silva, 17, frequentador do Espaço Criança Esperança do Rio, direcionado aos morros Cantagalo, Pavão e Pavãozinho.
"Dá saudade da família, e muita, mas a gente tem que pensar um pouco em nós", declarou Adriano da Silva, 17, que vive no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.
"Estou confiante, acho que dá para trazer a taça", disse Judison dos Reis, 15, goleiro e caçula do time. Ele fez do Brasil para a Europa sua primeira viagem de avião, mas não sabia se poderia jogar já que a idade mínima para participar é de 16 anos. A delegação brasileira, chefiada por Osmar Vargas e que ainda conta com o técnico Antônio Carlos Souza, tentaria convencer as outras equipes a abrir uma exceção para ele.
Vargas explicou como foi feita a seleção e a intenção social do torneio. "Eles têm participação efetiva no projeto em suas comunidades, estão estudando, são engajados e disciplinados. Eles têm que aproveitar essa viagem para criar uma consciência crítica. Para que, quando voltem à realidade deles, onde impera a violência, transmitam isso para as comunidades deles, ajudem a formar cidadãos", afirmou Vargas. (LC)


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