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VÔLEI
Na reta final
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Chegou a hora da decisão. Oito
seleções iniciam amanhã a luta
pelo título da Liga Mundial, na
Espanha. O Brasil não teve sorte:
caiu no chamado grupo da morte
e não vai poder vacilar em nenhum jogo. O time só tem pedreira pela frente. A estréia é contra a
Bulgária. Na sequência, vai enfrentar Rússia e Itália.
O certo é que a fase decisiva da
Liga já começa com uma falha
grave: a má distribuição dos times nas chaves. O sorteio acabou
punindo as equipes com as melhores campanhas na fase de classificação: Rússia, Brasil e Itália ficaram no mesmo grupo e uma
delas estará fora das semifinais.
Quem perde com isso é o esporte. A outra chave tem só uma seleção da elite do vôlei: Sérvia e
Montenegro, atual campeã olímpica. Os outros integrantes são
República Tcheca, Grécia e Espanha, terceira colocada do Grupo
A, que só se classificou por ser a
sede das finais. Os espanhóis foram os grandes beneficiados.
Até o atacante Pascual, a maior
estrela da seleção espanhola, chegou a dizer que o seu time está
consciente que tem uma grande
chance de chegar às semifinais.
Mas mesmo com essa moleza, vai
ser difícil a classificação. A segunda vaga da chave deve ser da República Tcheca.
Já a seleção brasileira tem um
desfalque que preocupa: Gustavo,
o central com o melhor bloqueio
do time. Ele nem viajou por causa
de um problema nas costas.
E você sabe, o Brasil já está com
um saque muito irregular, o que
dificulta a ação do bloqueio, e,
sem Gustavo, a situação pode se
complicar mais.
O jogo de amanhã contra a Bulgária não vai ser fácil. Vale lembrar que os búlgaros venceram
três das quatro partidas que fizeram com a Sérvia e Montenegro
na fase de classificação. O time
também parece bem melhor do
que aquele que ficou em 13º lugar
no Mundial da Argentina-2002.
A Bulgária não é uma seleção
com um vôlei refinado como o do
Brasil. O jogo é baseado na força
do saque e na ação do bloqueio.
Basta lembrar que três jogadores
da equipe estão entre os oito melhores sacadores da Liga Mundial: Nikolov (31 aces), Ivanov
(24) e Konstantinov (21).
Ou seja: o Brasil vai ter de mostrar uma boa recepção para acionar as jogadas de velocidade e
passar pelo bloqueio búlgaro. Caso contrário, vai ter de jogar com
bolas altas na ponta e a situação
pode se complicar já que a seleção
tem atacantes baixos como Giba,
André Nascimento e Nalbert.
O passo seguinte para o Brasil
chegar às semifinais será vencer a
Rússia ou a Itália. Pelo que tem
apresentado, a seleção russa está
mais regular. Mas os italianos terão um reforço que vai melhorar
muito o time nas finais: a volta do
levantador Meoni, que ficou fora
da fase de classificação por causa
de uma contusão.
É difícil arriscar um palpite porque a seleção brasileira se mostrou irregular nos últimos jogos e
tem errado muito no saque, o
principal fundamento hoje no vôlei. Na verdade, o Brasil é um
enigma. Mas se o time acertar o
saque e conseguir jogar com velocidade, poderemos ter boas notícias no domingo, dia da final.
Italiano
O Piacenza promete ser a sensação do Campeonato Italiano. O time,
que será dirigido por Julio Velasco, anunciou a contratação do central Andrea Gardini, 38. No início dos anos 90, Gardini foi o capitão
da Itália, na época em que Velasco era o técnico. O time já acertou
com o levantador Nikola Grbic, os cubanos Osvaldo e Ihosvany Hernandes, e com Zlatanov, da seleção italiana.
Baixinhas
Os asiáticos largaram na frente e já realizaram o primeiro campeonato continental para mulheres com até 1,75 m, na Tailândia. Taiwan
foi campeã invicta com uma vitória por 3 a 0 na final, sobre a Coréia
do Norte. Na disputa pelo terceiro lugar, a Tailândia bateu o Vietnã
por 3 a 0. Hong Kong ficou em quinto lugar, e a Malásia, em sexto.
E-mail cidasan@uol.com.br
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