São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2011

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FUTEBOL

RODRIGO BUENO

@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br

O bem que Tabárez faria a um clube brasileiro

PENSE POR um momento no maior defeito do técnico do seu clube. Agora pense em Oscar Tabárez. O técnico da seleção uruguaia, aposto, é desprovido desse tal defeito.
Como são boas as entrevistas do "Maestro". Jamais vi um treinador falar sobre tudo com tanta simplicidade e profundidade ao mesmo tempo. Não enrola.
Inteligente, é conhecedor ao extremo do que faz e do que outros fazem. Educado e atencioso sem deixar de ser vibrante. O grande responsável pelo renascimento do Uruguai (mais uma semifinal de Copa, agora sub-17) esbanja moral e nobreza.
Tão íntegro e experiente como barato para os nossos padrões. Os tais US$ 100 mil que ganha são algo pesado no Uruguai, mas uma coisa simples para os grandes clubes brasileiros. Não sei como até hoje nunca ninguém no país investiu em Tabárez.
O técnico uruguaio já trabalhou em cinco ligas, duas delas das melhores da Europa. Apesar do reconhecimento, selado de vez na Copa, mantém uma humildade absurda. É um treinador muito maior que os outros 11 da Copa América e não se coloca dessa forma.
Metade dos técnicos do torneio dirige seleções que não são a própria, o que não é o caso de Tabárez. A prancheta argentina, com cinco "professores", é a mais procurada. Concordo que a seleção brasileira deve dar preferência a treinadores brasileiros, mas não penso o mesmo sobre nossos clubes.
O mercado sul-americano mostra isso. Em coluna de 2010, sugeri Marcelo Bielsa para times brasileiros. Admito que o "Loco" seria um risco por suas excentricidades, mas a contratação cada vez mais comum de atletas estrangeiros deveria se estender aos profissionais da área técnica.
Tabárez é um luxo que qualquer clube grande do Brasil pode ter. O problema é convencê-lo a deixar de fazer tão bem por tão pouco por seu bravo Uruguai.

BIANCHI À SOLTA
#FICAADICA
Em papo com um colega argentino, Sergio Levinsky, Carlos Bianchi falou sobre seu futuro. Quer treinar um time. Não quer mais clube europeu, quer ficar "perto de casa". Só treinaria na Argentina Boca (agora não há clima) ou Vélez (se estiver para cair, o que não é o caso). E não tem chance na seleção por causa de Grondona. Só vê um caminho: o Brasil.

Time grande de bairro, San Lorenzo quer voltar a Boedo
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