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FUTEBOL
RODRIGO BUENO
@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br
O bem que Tabárez faria a um clube brasileiro
PENSE POR um momento no
maior defeito do técnico do
seu clube. Agora pense em
Oscar Tabárez. O técnico da
seleção uruguaia, aposto, é
desprovido desse tal defeito.
Como são boas as entrevistas do "Maestro". Jamais
vi um treinador falar sobre
tudo com tanta simplicidade e profundidade ao mesmo tempo. Não enrola.
Inteligente, é conhecedor
ao extremo do que faz e do
que outros fazem. Educado
e atencioso sem deixar de
ser vibrante. O grande responsável pelo renascimento
do Uruguai (mais uma semifinal de Copa, agora sub-17)
esbanja moral e nobreza.
Tão íntegro e experiente
como barato para os nossos
padrões. Os tais US$ 100 mil
que ganha são algo pesado
no Uruguai, mas uma coisa
simples para os grandes clubes brasileiros. Não sei como até hoje nunca ninguém
no país investiu em Tabárez.
O técnico uruguaio já trabalhou em cinco ligas, duas
delas das melhores da Europa. Apesar do reconhecimento, selado de vez na Copa, mantém uma humildade
absurda. É um treinador
muito maior que os outros
11 da Copa América e não
se coloca dessa forma.
Metade dos técnicos do
torneio dirige seleções que
não são a própria, o que não
é o caso de Tabárez. A prancheta argentina, com cinco
"professores", é a mais procurada. Concordo que a seleção brasileira deve dar
preferência a treinadores
brasileiros, mas não penso o
mesmo sobre nossos clubes.
O mercado sul-americano
mostra isso. Em coluna de
2010, sugeri Marcelo Bielsa
para times brasileiros. Admito que o "Loco" seria um
risco por suas excentricidades, mas a contratação cada vez mais comum de atletas estrangeiros deveria se
estender aos profissionais
da área técnica.
Tabárez é um luxo que
qualquer clube grande do
Brasil pode ter. O problema
é convencê-lo a deixar de fazer tão bem por tão pouco
por seu bravo Uruguai.
BIANCHI À SOLTA
#FICAADICA
Em papo com um colega argentino, Sergio Levinsky,
Carlos Bianchi falou sobre
seu futuro. Quer treinar um
time. Não quer mais clube
europeu, quer ficar "perto de
casa". Só treinaria na Argentina Boca (agora não há clima) ou Vélez (se estiver para
cair, o que não é o caso). E
não tem chance na seleção
por causa de Grondona. Só
vê um caminho: o Brasil.
Time grande de bairro, San Lorenzo quer voltar a Boedo
http://migre.me/5c20Z
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