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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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FUTEBOL

Com o treinador em xeque, Corinthians defende invencibilidade de cinco jogos no Brasileiro contra o Figueirense

Geninho vai a campo na mira da diretoria

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais do que no time em campo, os olhares da diretoria do Corinthians estarão na direção do técnico Geninho hoje, às 20h30, contra o Figueirense, no Pacaembu.
Na primeira rodada do segundo turno do Brasileiro, além de fazer a equipe jogar bem e vencer, ele terá de agradar aos dirigentes com a maneira de atuar de seus jogadores, nas substituições e em suas declarações após a partida.
A crise entre Geninho e a cúpula do clube se agravou após o técnico lamentar a maneira como Leandro saiu do time para ser negociado com o Lokomotiv (Rússia). Ele atuaria contra o Atlético-MG, quarta-feira da semana passada, mas deixou a concentração para acertar a transferência por decisão do HMTF, ex-parceiro do Corinthians e dono de parte dos direitos federativos do atacante.
"Ele não precisava ter reclamado. No Santos, o Leão perdeu o Ricardo Oliveira e não reclamou", disse o vice de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini.
A entrevista coletiva dada pelo treinador anteontem não acalmou a diretoria, apesar de Geninho ter procurado evitar novos atritos com seus chefes.
Também foi recebida com desdém pelos dirigentes a decisão do técnico de abandonar o sistema 3-5-2, que vinha sendo criticado pelos dirigentes. Hoje, a equipe jogará só com dois zagueiros (Marcos Vinícius e César).
Um novo atrito hoje daria mais força a conselheiros do clube que querem o auxiliar Jairo Leal no cargo, pelo menos interinamente.
Geninho disse não se incomodar com a pressão, mas teme que que ela possa prejudicar o rendimento dos atletas. Ele afirmou ter pedido aos jogadores que não se envolvam no imbróglio.
O capitão Rogério, porém, saiu em defesa dele. "Não sei qual o motivo disso tudo. Acompanho todas as entrevistas do Geninho e nunca ouvi declaração polêmica."
Já o atacante Liedson evita falar em salvar a pele do comandante. "Jogaremos por nós mesmos, como sempre fizemos", disse ele, que afirmou ter despertado o interesse do Lyon -a diretoria do Corinthians nega proposta oficial.
"Jogar na França é bem melhor do que na Ucrânia. Espero que nos próximos dias fique definido se vou sair ou não", disse Liedson.
Apesar de Geninho viver o seu momento mais crítico no Corinthians, a equipe já enfrentou situações piores neste Brasileiro -chegou a ficar quatro jogos seguidos sem vencer. Agora o time está invicto há cinco rodadas, com três empates e duas vitórias.
No Brasileiro, a última derrota do Corinthians aconteceu diante do Coritiba, por 1 a 0, no dia 13 de julho -na semana passada, o time perdeu para o Atlético-MG (2 a 0) pela Copa Sul-Americana.
Além de Marquinhos e Anderson, contundidos, Geninho não terá Kléber e Fabinho, suspensos. Fininho entra na lateral, e Pingo, no meio-campo.
No Figueirense, a principal novidade é a volta do atacante Sandro Hiroshi, após uma frustrada tentativa de se transferir para os Emirados Árabes. (RP)


Colaboraram Marcus Vinicius Marinho, da Reportagem Local, e a Agência Folha

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