São Paulo, sexta-feira, 07 de agosto de 2009

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Requintada e cara, cobertura vira maior alvo

DA REPORTAGEM LOCAL

A função principal delas é evitar que os torcedores se molhem em dias de chuva. Mas, com projetos rebuscados e caros, viraram alvo preferencial de quem defende corte nos custos dos estádios para a Copa de 2014.
As coberturas das arenas -todos os 12 estádios escolhidos para o Mundial projetaram uma- estão na berlinda. Não sem motivos.
Grande cartão-postal dos projetos dos arquitetos na construção de estádios, elas podem representar 20% do custo total da obra. É o caso, por exemplo, da Fonte Nova.
A cobertura do estádio baiano está orçada em R$ 100 milhões, ou quase o dobro do que custou o novo estádio soteropolitano do Pituaçu, que vai abrigar jogo da seleção brasileira pelas eliminatórias em setembro.
Ela é inspirada no estádio de Hannover, uma das sedes da Copa da Alemanha. No projeto, segundo a descrição de um dos autores, um "sistema de raios e anéis semelhantes, recoberto por uma membrana tensionada de cor branca, leve".
No Morumbi, a cobertura pode representar praticamente a metade do custo total da sua remodelação.
Mais rebuscado ainda é o plano para a cobertura do novo Vivaldão, em Manaus.
Segundo seus projetistas, a cobertura "combina linhas do trançado de um cesto de palha com o de peles de cobras e lagartos amazônicos".
A preocupação com a cobertura é tanta que elas podem até receber projetos separados do resto do estádio, como no caso de Brasília, que repassou essa missão a um renomado escritório de arquitetura alemão.
Além dos custos diretos de suas edificações, as coberturas podem causar outros gastos. É o caso do Maracanã.
O provável palco da final do Mundial planeja a instalação de placas para absorver energia solar numa superfície de 23 mil metros quadrados na cobertura do estádio.
Só as placas podem custar quase R$ 50 milhões, e não existe a certeza de que esse valor possa ser recuperado com a economia no uso de energia elétrica. (PC E RM)


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