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Palmeiras vê atalho para a América
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa do Brasil costuma ser
chamada de "o caminho mais
curto para a Taça Libertadores",
mas, a partir de hoje, o Palmeiras
começa a trilhar o caminho "mais
fácil" para o principal torneio interclubes do continente.
O Paraná, com quem joga às
20h30, no Parque Antarctica, é o
primeiro de uma série de futuros
adversários que estão mais preocupados com a parte de baixo da
tabela do que com luta pelo título
ou para se classificarem para
competições continentais.
A equipe paranaense, em constante flerte com a zona de rebaixamento, é uma das agremiações
que ainda não enfrentaram o Palmeiras no segundo turno e chegaram a esta 35ª rodada com campanha pior que a do time paulista.
Das 12 partidas que têm a cumprir, os palmeirenses terão oito
contra times que estavam abaixo
da 12ª posição (Paraná, Botafogo,
Grêmio, Paysandu, Figueirense,
Guarani, Flamengo e Criciúma) e
dois jogos diante de equipes que
sonham com vaga na Libertadores ou na Copa Sul-Americana,
mas que, antes de jogarem nesta
rodada, somavam menos pontos
que o clube (Fluminense e Goiás).
Apenas dois dos próximos adversários do Palmeiras chegaram
aos mesmos 34 jogos que o clube
paulista já fez neste Brasileiro
com mais pontos: o Juventude
(58) e o Atlético-PR (67).
É bom o retrospecto do Palmeiras neste Nacional contra equipes
que estavam abaixo da décima
posição na tabela na ocasião do
confronto. A equipe registra 11 vitórias, quatro empates e quatro
derrotas nessas condições
-aproveitamento de 64,9%.
O caminho palmeirense parece
ainda mais suave se comparado,
por exemplo, ao de seus arqui-rivais São Paulo e Corinthians
-que também se concentram
mais na vaga à Libertadores.
Os são-paulinos, que abriram
ontem sua série de 12 jogos finais
contra a Ponte Preta, ainda precisam jogar contra Santos e São
Caetano. Já os corintianos entraram na reta decisiva do Nacional
fora de casa, com um clássico
diante o time da Vila Belmiro.
A possibilidade de o Palmeiras
voltar à Libertadores após ficar de
fora das três edições mais recentes
-2001 foi o último ano em que o
clube esteve no torneio- mexe
com o planejamento para 2005.
Na cúpula palmeirense, avalia-se que com o time na mais importante competição do continente
será necessário abrir os cofres para trazer pelo menos um reforço
de peso para figurar entre os
maiores salários do elenco -atitude considerada como "loucura"
pelos dirigentes palmeirenses,
afeitos à política do bom e barato.
Caso o time assegure vaga na Libertadores-2005, a prioridade deve ser a contratação de um atacante renomado.
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