São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004

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Palmeiras vê atalho para a América

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Copa do Brasil costuma ser chamada de "o caminho mais curto para a Taça Libertadores", mas, a partir de hoje, o Palmeiras começa a trilhar o caminho "mais fácil" para o principal torneio interclubes do continente.
O Paraná, com quem joga às 20h30, no Parque Antarctica, é o primeiro de uma série de futuros adversários que estão mais preocupados com a parte de baixo da tabela do que com luta pelo título ou para se classificarem para competições continentais.
A equipe paranaense, em constante flerte com a zona de rebaixamento, é uma das agremiações que ainda não enfrentaram o Palmeiras no segundo turno e chegaram a esta 35ª rodada com campanha pior que a do time paulista.
Das 12 partidas que têm a cumprir, os palmeirenses terão oito contra times que estavam abaixo da 12ª posição (Paraná, Botafogo, Grêmio, Paysandu, Figueirense, Guarani, Flamengo e Criciúma) e dois jogos diante de equipes que sonham com vaga na Libertadores ou na Copa Sul-Americana, mas que, antes de jogarem nesta rodada, somavam menos pontos que o clube (Fluminense e Goiás).
Apenas dois dos próximos adversários do Palmeiras chegaram aos mesmos 34 jogos que o clube paulista já fez neste Brasileiro com mais pontos: o Juventude (58) e o Atlético-PR (67).
É bom o retrospecto do Palmeiras neste Nacional contra equipes que estavam abaixo da décima posição na tabela na ocasião do confronto. A equipe registra 11 vitórias, quatro empates e quatro derrotas nessas condições -aproveitamento de 64,9%.
O caminho palmeirense parece ainda mais suave se comparado, por exemplo, ao de seus arqui-rivais São Paulo e Corinthians -que também se concentram mais na vaga à Libertadores.
Os são-paulinos, que abriram ontem sua série de 12 jogos finais contra a Ponte Preta, ainda precisam jogar contra Santos e São Caetano. Já os corintianos entraram na reta decisiva do Nacional fora de casa, com um clássico diante o time da Vila Belmiro.
A possibilidade de o Palmeiras voltar à Libertadores após ficar de fora das três edições mais recentes -2001 foi o último ano em que o clube esteve no torneio- mexe com o planejamento para 2005.
Na cúpula palmeirense, avalia-se que com o time na mais importante competição do continente será necessário abrir os cofres para trazer pelo menos um reforço de peso para figurar entre os maiores salários do elenco -atitude considerada como "loucura" pelos dirigentes palmeirenses, afeitos à política do bom e barato.
Caso o time assegure vaga na Libertadores-2005, a prioridade deve ser a contratação de um atacante renomado.


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