|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COI prioriza obras e acomodações para a Olimpíada
Comitê Olímpico Internacional não considera segurança
uma preocupação urgente para a competição no Rio
Dirigente minimiza ainda a
questão do transporte e diz
acreditar que a construção
das instalações esportivas
seja o fator mais complicado
DO ENVIADO A COPENHAGUE
A construção das sedes esportivas, a hotelaria e o gerenciamento das vilas de atletas e
mídia da Barra da Tijuca são os
principais desafios dos Jogos
do Rio-2016. Essa é visão do diretor-executivo de Olimpíadas,
Gilbert Felli, ao analisar o plano carioca para o evento.
São 40 sedes olímpicas previstas. Para ele, o andamento
das construções das instalações
depende da organização do governo federal. ""Porque o governo é que vai pagar pelas sedes e
pela infraestrutura que nós vimos. Essas são as coisas mais
complicadas para vocês [brasileiros]. Para ver se o que foi
proposto na candidatura está
no lugar", explicou Felli.
A acomodação de pessoas é
apontada como segundo ponto
delicado do plano do Rio por
conta do uso de cruzeiros para
completar os quartos necessários. Do total de quase 50 mil
quartos, foi proposto que cerca
de 8.000 seriam em navios
atracados no porto carioca.
O executivo do COI entende
que não haverá problema de fechar contrato com os navios
para as acomodações. Mas lembrou que é preciso trabalhar na
construção do porto.
""Terceiro, na Barra, há várias
vilas para gerenciar, a dos atletas, a da mídia. Tem que gerenciar duas cidades de 20 mil pessoas. Precisamos de um monte
de treinos. Se há pessoas no hotel, há pessoas treinadas. Mas,
nas vilas, temos que fazer muita coisa para gerenciar as duas."
Pelo plano, a Rio-2016 terá
uma Vila Olímpica, para cerca
de 10.500 pessoas (atletas, técnicos etc.). E outra, com quase
o mesmo número, para a mídia.
O diretor do COI não mencionou preocupação com
transporte, que tinha sido
apontado como motivo de
atenção no relatório final sobre
a cidade brasileira. Na ocasião,
foi descrito que o fato de os Jogos do Rio ocorrerem em quatro grandes centros e a topografia da cidade ter muitos morros
poderiam dificultar esse item.
Um dos motivos para essa
mudança de postura é que a entidade entende que a Copa de
2014 obrigará o governo brasileiro a investir em transporte
antes da Olimpíada. Espera-se,
portanto, que sistemas de trem
já tenham recebido melhorias
dois anos antes dos Jogos.
A segurança também aparece
em segundo plano para o comitê internacional. Explica-se: o
assunto não é visto como urgente porque o sistema será desenvolvido mais próximo da
realização do evento.
Como ocorreram em outras
Olimpíadas, o governo do Estado vai elaborar um plano geral
para proteger a cidade durante
a competição. Depois, o comitê
revisará esse planejamento,
adotando os seus critérios, e
pode sugerir mudanças.
Para acompanhar esses setores essenciais, o COI conta com
uma equipe própria de especialistas, porém ainda contrata
terceiros para aprofundar os
planos sobre cada cidade.
(RODRIGO MATTOS)
Texto Anterior: Imprevisto: Planejamento sofreu diversas modificações inesperadas Próximo Texto: Milhagem: Nuzman volta a Copenhague Índice
|