Treinador da Argentina de irrita com lesão e impõe condições para continuar

DA REPORTAGEM LOCAL

As partidas contra Peru e Uruguai podem ser as duas últimas de Diego Maradona como técnico da seleção argentina.
O treinador afirmou ontem, pela primeira vez, que pode deixar o cargo que assumiu em novembro do ano passado.
"Se sigo, será com minhas condições", disse um incomodado Maradona no complexo de Ezeiza, onde a seleção treina para os dois últimos jogos das eliminatórias da Copa-2010.
O estopim para a explosão de Maradona foi a lesão do volante Zabaleta, que jogou na segunda-feira pelo Manchester City e se apresentou machucado.
O técnico atribuiu o problema a Carlos Bilardo, uma espécie de "coordenador de seleções" e superior de Maradona na hierarquia da AFA (Associação de Futebol Argentino).
Maradona havia pedido a Bilardo para que evitasse a escalação de Zabaleta e Tevez anteontem, quando o City empatou com o Aston Villa pelo Campeonato Inglês.
"Alguém errou nessa história. Era preciso viajar e buscar os jogadores, mas isso não aconteceu", declarou o técnico. "Isso me dói muito, porque temos dois jogos importantes."
Ontem, Maradona disse que aceitou o convite para dirigir a seleção "porque seria algo muito bom". "Mas, depois, vieram coisas que não me agradaram, e sobre isso vamos falar depois."
Desde que assumiu a seleção, Maradona luta para incorporar o ex-jogador Oscar Ruggeri à comissão técnica. Empreitada em que não teve sucesso.
O meio-campista Verón, um dos atletas mais experientes da seleção, disse que Maradona está correto. "Se ele não está cômodo e impõe suas condições para seguir, está certo."
A Argentina está em quinto lugar nas eliminatórias sul- -americanas, com 22 pontos. Se terminar nessa colocação, terá que passar pela repescagem, contra um representante da Concacaf. No próximo sábado, o adversário é o Peru, em Buenos Aires. Depois, na quarta-feira, os argentinos vão a Montevidéu enfrentar o Uruguai.


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