São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010

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JUCA KFOURI

Fenômeno e FHC


O ex-presidente da República e Ronaldo são os dois grandes ausentes na reta final do 2º turno


RONALDO FENÔMENO está fora do time do Corinthians porque sua hora de parar está chegando e seu horizonte tem mais a ver com marketing do que com bola no campo.
Fernando Henrique Cardoso está fora porque, estranhamente, com raras exceções, entre elas o senador tucano eleito em primeiro lugar em São Paulo, o PSDB o esconde.
Tanto o Brasileirão como a eleição não param de nos ensinar que nada sabemos.
Embora seja possível dizer que não há quem aguente jogar duas vezes por semana sem parar.
E o ambulatório dos clubes é a prova, tantas são as lesões musculares no país que se orgulha, um pouco por ufanismo, de ter da melhor medicina esportiva do planeta.
E, se no futebol o salto alto é sinal de perigo, em eleição é quase fatal. Que o digam Dilma e Collor, a primeira ainda com tudo para ganhar, e o segundo em terceiro com o rabo entre as pernas.
Pois não é que Ronaldo Fenômeno, que já recebeu FHC e Serra, que não cita FHC na campanha, quer receber Dilma?
Para quê, além dos holofotes, não se sabe, porque não se conhece nem sequer uma ideia dele sobre política esportiva, incapaz que foi, como tantos outros ídolos esportivos brasileiros, de se impor, de se opor, de se posicionar nos anos todos em que esteve na ribalta.
Nem mesmo para denunciar a burrice de termos um calendário que não se adapta ao que vigora no mundo inteiro e que, principalmente, mas não só, em anos de Copa do Mundo, submete nossos jogadores ao sacrifício que rompe músculos, estressa ossos e impede que técnicos treinem suas equipes.
Só que, como Ronaldo não entra em campo, é preciso estar na mídia.
E, já que FHC não é bem tratado pelos seus companheiros, quem sabe não seria adequado que nosso Lula reconhecesse que em matéria de esporte o ministério de Pelé, e depois o de Portella, foi muito melhor que o da dupla Agnelo/Orlando, apesar de o Rei ter roído a corda depois que saiu do governo?
Finalmente, se Tiririca incomoda, mas elege Protógenes, que se acumplicia com o presidente da CBF em troca da boquinha "antilavagem de dinheiro" da Fifa, a não eleição de gente como Eurico Miranda, Marcelinho Carioca, Popó, Maguila merece comemoração.
E é hora de separar os pequenos dos grandes para três times e três políticos, líderes em suas corridas.

blogdojuca@uol.com.br


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