"Milaneses" Philippe Coutinho, Pato e Robinho são escalados por Mano

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André, Pato, Robinho e Nilmar treinam em Abu Dhabi, ontem

MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL A ABU DHABI

O Brasil deve ter uma formação ofensiva no amistoso de hoje contra o Irã, marcado às 14h em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
No único treino antes da partida, sob um calor de quase 40C, o técnico Mano Menezes escalou ontem um ataque "milanês", com Robinho e Alexandre Pato -companheiros no Milan- e Philippe Coutinho, da Inter de Milão.
Mano disse esperar um adversário fechado e previu um jogo mais difícil do que em sua estreia no comando do time, em agosto, quando a seleção brasileira derrotou a dos Estados Unidos por 2 a 0.
"São adversários de porte diferente, com proposta tática diferente. Os Estados Unidos saíram para o jogo, e conseguimos desenvolver um bom futebol", disse o técnico. "Provavelmente o Irã terá cuidados maiores, então teremos que ter mais paciência para que o espaço apareça."
Embora a intenção seja repetir o esquema da estreia, Mano Menezes reconheceu que teve dificuldade em posicionar o meia Carlos Eduardo no treino de ontem, pela "característica diferente" em relação a Ganso, que atuou no jogo contra os norte-americanos. Já a ausência de Neymar preocupa menos o treinador, que vê semelhanças entre o santista e Philippe Coutinho.
Embora seja apenas a segunda partida de Mano à frente do time, descontando o jogo-treino contra o Barcelona B, os jogadores dizem que sua filosofia de trabalho já está clara. "O objetivo é voltar ao jogo bonito que caracteriza o futebol brasileiro", disse o lateral esquerdo André Santos, que joga no Fenerbahce, da Turquia.
A seleção iraniana, que treinou logo depois do Brasil, entra em campo hoje sob pressão, depois de ter perdido a final da Copa do Oeste da Ásia para o Kuait, na semana passada, apesar de ser considerada favorita.
O clima político gerado pela partida em Abu Dhabi também desperta atenção entre os torcedores iranianos.
"Fala-se muito em Teerã que este jogo pode ter sido uma ideia dos governos", diz Ali Reza, correspondente da agência de notícias iraniana Fars News.