São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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MEMÓRIA

Emissora deu garantia para as 2 últimas provas

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora negue, a TV Globo organiza o GP Brasil desde a corrida do ano passado. A transferência dos direitos para a emissora foi uma contingência de transações que aconteceram em 2000, na Europa.
Na ocasião, a Slec, holding criada por Bernie Ecclestone -a sigla é uma referência ao nome de sua mulher, Slavica Ecclestone- vendeu 50% de suas ações para dois bancos, Morgan Grenfell (12,5%) e Hellman & Friedman (37,5%).
Essas instituições passaram a dividir o comando do negócio. E uma de suas primeiras medidas foi exigir garantias bancárias para os promotores das 17 etapas do Mundial de F-1.
Na prática, isso funciona como uma espécie de seguro: o objetivo dos bancos -e, depois, de outras empresas que assumiram as ações- é evitar eventuais prejuízos causados pelo não-cumprimento de contratos. A garantia nada mais é do que uma prova de que os promotores têm caixa suficiente para cobrir falhas.
Proprietário da International Promotions, uma empresa que vive do GP Brasil, Tamas Rohonyi não tinha como dar essa garantia bancária, cujo valor nunca foi revelado. Sua saída foi buscar ajuda da Globo.
A TV aceitou dar a garantia e, em troca, foi a promotora da prova em 2001 (pagou US$ 18 mi) e 2002 (US$ 19,8 mi). Com a nova reviravolta, Rohonyi, interlocutor de Ecclestone, volta a ser o principal nome da categoria no Brasil. (FSX)


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