EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O perfil de Artur Grigorian, a quem Popó desafia pelo cinturão dos leves em janeiro.
Apelido: "Rei Artur".
Categoria: leve.
Altura: 1,70 m.
Envergadura: 1,75 m.
Nascido em: 20.out.1967.
Natural de: Taschkent (UZB).
Residência: Hamburgo (ALE).
Nacionalidade: armênio.
Família: Olga (mulher), Arina, Karina e Laura (filhas), um irmão e uma irmã.
Passatempos: música tradicional uzbeque e danças.
Profissão: instrutor esportivo.
Início no boxe: aos 11 anos.
Ídolos no boxe: Evander Holyfield e Oscar de la Hoya.
Música ao entrar no ringue: "We will rock you" (Queen).
Como amador: 384 lutas, 361 vitórias; prata no Mundial-91 e ouro no Goodwill Games-90.
Técnico: Fritz Sdunek.
Títulos profissionais: campeão internacional alemão, em 1994, campeão intercontinental da OMB, em 1995, e campeão dos leves da OMB (atual).
Cartel profissional: 36 vitórias, 22 nocautes.
 
O fato de a rede de TV Showtime ter feito objeções ao desafio de Popó a Grigorian tem um motivo.
É que Grigorian não é um nome conhecido internacionalmente.
O principal fator para explicar seu anonimato é a relutância de Grigorian lutar fora de sua base.
O combate com Popó, provavelmente em Miami, aliás, será a primeira vez que o "Rei Artur" se aventurará fora dos domínios de seu promotor, a Universum Box-Promotion, de Klaus Peter Khol.
Mesmo assim, isso não quer dizer que o veterano de 36 anos é um mau adversário para o brasileiro. Até mesmo a "The Ring" reconhece qualidades no armênio e o coloca como o quinto em seu ranking independente dos leves.
O número de defesas de cinturão também impressiona: nada menos do que 17, desde que ganhou o título vago ao bater Antonio Rivera, em abril de 1996.
Claro, nem sempre quantidade é sinônimo de qualidade, e muitos desses desafiantes não pertenciam mesmo à elite do pugilismo.
Porém é possível garimpar alguns "nomes" de respeito em meio a outros menos notáveis.
O argentino Raul Balbi, por exemplo, a quem ele bateu em 11 assaltos em fevereiro de 1997, anos depois ganhou o título dos leves da AMB ao derrotar Julien Lorcy, na França, casa do rival.
O italiano Stafano Zoff, a quem Grigorian derrotou por pontos em seu penúltimo combate, em 14 de setembro de 2002, era um ex-campeão dos leves da AMB, cinturão que conquistou em 1999.
Outra vítima de Grigorian, Michael Clark, é o atual campeão dos leves da NABF (Federação de Boxe da América do Norte).
O argentino Aldo Ríos, derrotado pelo armênio em 2001, é um conceituado veterano. Sua última luta, diante do inglês Ricky Hatton, foi a luta de fundo de uma das programações da Showtime.
Ou seja, se não é um supercampeão como o norte-americano Floyd Mayweather, Grigorian tampouco é um pangaré. Seu currículo é prova disso.

Vida após Popó 1
Para provar, mais uma vez, que há futuro para os adversários de Popó, uma das principais lutas do pay-per-view promovido pela empresa de Oscar de la Hoya no próximo dia 22 terá como protagonista o mexicano Javier Jauregui, nocauteado em um assalto por Popó.

Vida após Popó 2
Caso não fosse confirmado o desafio de Popó a Grigorian, um dos combates mais cotados para o dia 3 de janeiro seria uma revanche entre o superpena baiano e o argentino Jorge "La Hiena" Barrios.

Vida após Popó 3
Sites de internet informam que o cubano Joel Casamayor dará revanche a Diego Corrales no dia 6 de março. É esperar para ver...

E-mail eohata@folhasp.com.br


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