São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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JUCA KFOURI

Quarteto em risco


O G4 pode acabar a rodada do Brasileirão com a companhia de um quinteto nos calcanhares


IMAGINE QUE Fluminense, Corinthians, Cruzeiro e Botafogo sejam derrotados neste domingo. É fácil se você tentar.
Os dois primeiros têm clássicos estaduais contra Vasco e São Paulo, e clássico é clássico e vice-versa já disse o centroavante e filósofo do futebol Jardel.
O Cruzeiro não terá vida mais fácil, ao contrário, tem jogo barra pesada, contra o Vitória, no Barradão lotado.
E o Botafogo encontrará o Avaí respirando por aparelho na Ressacada, ou vence ou desce.
Rememoremos: o líder tem 58 pontos, o vice-líder e terceiro colocado têm 57, e o quarto tem 54.
Pois eis que Santos, Internacional, São Paulo, Furacão e Grêmio têm 50 e todos podem ficar a um ponto do G4 e a cinco do líder.
E dá para tirar cinco pontos em quatro rodadas restantes? Ora, é difícil, mas dá, ora se dá.
Ao ler estas linhas você já saberá se o Santos se deu bem contra o Galo, em Minas; se o Grêmio se deu bem contra o Ceará, no Olímpico, e se o Internacional se deu bem contra os goianienses do Atlético, no Serra Dourada.
Tirante o Santos, não é difícil imaginar que a dupla Gre-Nal tenha vencido.
Imaginar nove clubes chegando às quatro rodadas finais com chances de título é coisa para deixar europeu enlouquecido e estadunidense convencido de que os seus famosos playoffs estão longe de ser a única maneira de garantir emoção até o fim nas disputas esportivas.
É claro que o mais provável é que a decisão fique mesmo entre o quarteto de cima, talvez apenas entre o trio, mas quem arrisca?
Está tudo tão indefinido que não será nenhuma surpresa se o domingo acabar com o Fluminense mais folgado na liderança.
Ou se acabar com o Cruzeiro outra vez na frente.
Ou o Corinthians, que é o que, cá entre nós, coração à parte, esta coluna aposta.
Sim, porque embora o Corinthians esteja jogando um futebol menos vistoso do que todos os citados, exceção feita, novamente, ao Santos, há uma força estranha no ar.
E, se esta coluna começou citando John Lennon, termina com a citação de Roberto Carlos, o vascaíno/palmeirense que abrilhantou um dos shows do centenário alvinegro:
"Aquele que conhece o jogo, do fogo das coisas que são... Por isso uma força, me leva a cantar. Por isso essa força, estranha no ar. Por isso é que eu canto, não posso parar...".

blogdojuca@uol.com.br


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