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VÔLEI
Enquanto feminino polariza duelos com atletas da seleção, masculino larga hoje e vê equilíbrio sem homens de Bernardinho
Superliga desfila emoção sem campeões
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ter os principais nomes da seleção brasileira nem sempre é sinônimo de campeonato atraente.
A afirmação pode parecer estranha, principalmente quando essas atletas são os melhores do
mundo, mas ganha respaldo nas
Superligas deste ano. A largada
ocorre hoje, com o torneio masculino. Com os principais atletas
de Bernardinho no exterior, o
campeonato começa hoje com
um equilíbrio jamais visto, que vinha crescendo nos últimos anos.
Três equipes, no papel, são
apontadas como favoritas, mas
pelo menos outras quatro têm
chances reais de surpreender.
"A competição é muito longa.
Pode acontecer qualquer coisa.
Você vai ter de jogar sempre atento porque um tropeço contra um
time teoricamente mais fraco pode te custar caro lá na frente", diz
Jon Uriarte, técnico do Minas,
campeão paulista pelo Pinheiros.
Enquanto isso, com quase todas
as suas estrelas em ação no país, a
Superliga feminina vive outro ano
de marasmo. Mesmo com o reforço do Macaé, que conta com a levantadora Marcelle e ponta Érika,
Osasco e Rio de Janeiro continuam como grandes favoritos.
Prova disso foi o massacre das
duas equipes em seus Estaduais,
que dividem os outros clubes nacionais como convidados.
"É como no ano passado: por
causa das atletas da seleção, as
duas são favoritas. Mas os outros
times terão turno e returno para
se acertar. Nos mata-matas é que
vamos ver a realidade mesmo",
diz a meio-de-rede Valeskinha,
referindo-se ao regulamento.
No torneio feminino, que começa na próxima sexta, nove
equipes estão inscritas. Com isso,
apenas uma cai após a primeira
fase. As outras vão para a etapa de
confrontos eliminatórios.
Por ter 12 times, o masculino será mais emocionante, já que três
deles podem ser eliminados antes
das quartas-de-final. O torneio
começa hoje, com Minas x Ulbra.
Para técnicos e dirigentes, o
principal problema para a polarização é a falta de verba.
Poucos clubes conseguem bancar os altos salários de jogadores
da seleção. Entre os homens, a
discrepância com a concorrência
dos euros é tão grande que já provoca êxodo dos segundo e terceiro escalões de atletas.
No feminino, apesar de as cifras
de selecionáveis atingirem mais
de R$ 300 mil, ainda é possível
manter as principais atletas. Mas
só para poucos.
"O mercado está jogando muito
pesado. É difícil contratar e segurar atletas. Perdemos muitos e estamos com um grande número de
jovens, juvenis e até um pessoal
do infanto. Nosso time é uma incógnita", afirma o treinador Mauro Grasso, do Banespa, que às vésperas da Superliga perdeu metade
de seu patrocínio.
Na edição 2004/2005, com um
bom aporte financeiro, ele contava com o atacante Nalbert e conquistou o título. Mesmo assim, foi
uma "zebra". Seu time não era tido como o favorito quando largou no campeonato.
NA TV - Minas x Ulbra, no
Sportv 2, ao vivo, às 20h30
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