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Superliga testa os nervos da seleção
Decisão em jogo único pode servir de treino para jogadoras, que estréiam hoje no Nacional de vôlei
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas um jogo irá definir o
título da Superliga. Não há brecha para erros no principal torneio de vôlei do país.
O novo regulamento da competição, alvo de críticas de técnicos e jogadores, ganhou um
argumento a mais a seu favor
no torneio feminino, que dá a
largada hoje com um jogo: pode
servir de treino para a seleção.
Nos últimos anos, a equipe
nacional conviveu com o estigma de sucumbir em momentos
decisivos, como nas finais do
Mundial de 2006 e do Pan-Americano do Rio, em 2007.
As principais atletas da seleção que ainda atuam no país se
dividem entre Rio de Janeiro e
Osasco, os favoritos à taça.
Além da grande decisão, a Superliga também terá outras
quatro finais, que irão decidir o
"campeão" de cada rodada da
fase de classificatória. E as duas
equipes são cotadas para estar
em todos esses duelos.
"Estamos muito perto da
Olimpíada. Acho que esse formato pode amadurecer a coisa
de o atleta saber que não terá a
próxima vez", disse o técnico
do Luizomar de Moura, do
Osasco. No evento, dois dirigentes da Confederação Brasileira de Vôlei também disseram
crer que as finais serão um bom
termômetro sobre o comportamento das atletas da seleção.
Bernardinho, de volta ao comando do Rio de Janeiro após a
conquista da Copa do Mundo
com a seleção masculina, acredita que o novo sistema irá gerar mais tensão aos times.
"Acho injusto a final ser em
um único jogo com o fã, que poderá não assistir à decisão na
casa do seu clube, mas faz parte
da disputa", afirmou ele.
Na fase classificatória, as
equipes serão divididas em dois
grupos e disputarão quatro microtorneios, que terão uma
partida decisiva cada um.
Os oito mais bem classificados jogarão as oitavas-de-final,
em melhor de três. O mesmo
formato valerá para a semifinal. Apenas o título será disputado em partida única.
A mudança no regulamento
foi feita para que a TV Globo
possa transmitir os jogos decisivos. O antigo sistema, com
disputas em melhor de três ou
cinco partidas, era entrave à
entrada da TV no torneio.
A manutenção do sistema
dos mata-matas antes da finalíssima foi festejada por treinadores e atletas, que a consideram a forma mais justa de premiar o time mais regular.
"É ótimo, pois selecionará da
melhor maneira possível os finalistas", falou Bernardinho.
Para os rivais do time carioca,
porém, o novo sistema poderá
abrir brecha para zebras.
"Os times terão de fazer um
planejamento cuidadoso. Na
grande final, ele será colocado à
prova. E também terão de contar com a sorte para não ter nenhum problema de última hora", afirmou Luizomar.
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