São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

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Superliga testa os nervos da seleção

Decisão em jogo único pode servir de treino para jogadoras, que estréiam hoje no Nacional de vôlei

DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas um jogo irá definir o título da Superliga. Não há brecha para erros no principal torneio de vôlei do país.
O novo regulamento da competição, alvo de críticas de técnicos e jogadores, ganhou um argumento a mais a seu favor no torneio feminino, que dá a largada hoje com um jogo: pode servir de treino para a seleção.
Nos últimos anos, a equipe nacional conviveu com o estigma de sucumbir em momentos decisivos, como nas finais do Mundial de 2006 e do Pan-Americano do Rio, em 2007.
As principais atletas da seleção que ainda atuam no país se dividem entre Rio de Janeiro e Osasco, os favoritos à taça.
Além da grande decisão, a Superliga também terá outras quatro finais, que irão decidir o "campeão" de cada rodada da fase de classificatória. E as duas equipes são cotadas para estar em todos esses duelos.
"Estamos muito perto da Olimpíada. Acho que esse formato pode amadurecer a coisa de o atleta saber que não terá a próxima vez", disse o técnico do Luizomar de Moura, do Osasco. No evento, dois dirigentes da Confederação Brasileira de Vôlei também disseram crer que as finais serão um bom termômetro sobre o comportamento das atletas da seleção.
Bernardinho, de volta ao comando do Rio de Janeiro após a conquista da Copa do Mundo com a seleção masculina, acredita que o novo sistema irá gerar mais tensão aos times.
"Acho injusto a final ser em um único jogo com o fã, que poderá não assistir à decisão na casa do seu clube, mas faz parte da disputa", afirmou ele.
Na fase classificatória, as equipes serão divididas em dois grupos e disputarão quatro microtorneios, que terão uma partida decisiva cada um.
Os oito mais bem classificados jogarão as oitavas-de-final, em melhor de três. O mesmo formato valerá para a semifinal. Apenas o título será disputado em partida única.
A mudança no regulamento foi feita para que a TV Globo possa transmitir os jogos decisivos. O antigo sistema, com disputas em melhor de três ou cinco partidas, era entrave à entrada da TV no torneio.
A manutenção do sistema dos mata-matas antes da finalíssima foi festejada por treinadores e atletas, que a consideram a forma mais justa de premiar o time mais regular.
"É ótimo, pois selecionará da melhor maneira possível os finalistas", falou Bernardinho.
Para os rivais do time carioca, porém, o novo sistema poderá abrir brecha para zebras.
"Os times terão de fazer um planejamento cuidadoso. Na grande final, ele será colocado à prova. E também terão de contar com a sorte para não ter nenhum problema de última hora", afirmou Luizomar.


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