São Paulo, quinta, 8 de janeiro de 1998.



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Pacheco perde aliados, e Lusa define seu futuro até o dia 15

da Reportagem Local

O Conselho Deliberativo (CD) da Lusa decide na próxima quarta ou quinta-feira o futuro de Manuel Gonçalves Pacheco na presidência do clube.
O dirigente renunciou em função das críticas sobre o modo como foram negociados os jogadores Zé Roberto e Rodrigo. As críticas surgiram após a publicação pela Folha de documentos relativos aos dois negócios.
Se prevalecer a posição do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), órgão consultivo, Pacheco já está fora do cargo.
O COF aprovou recomendação para que a renúncia não seja votada, mas apenas homologada.
A posição do COF, aprovada anteontem à noite, é de que o estatuto estabelece que apenas um pedido de demissão estaria sujeito à votação dos conselheiros.
Essa recomendação será lida na reunião do CD.
Os cofistas decidiram também pela irregularidade da operação de venda do meia-atacante Rodrigo.
Como Pacheco não apareceu nem enviou nenhum documento sobre a cessão do jogador, foram analisados os números que ele incluiu na carta de renúncia.
Dos 19 cofistas presentes, nenhum defendeu Pacheco. Foram 17 votos pela rejeição e uma abstenção. Carlos Alberto Lima, eleito em dezembro presidente do CD com apoio de Pacheco, declarou-se impedido de votar.
Outros aliados do dirigente, como o seu próprio vice-presidente Amilcar Casado, votaram contra o modo como Pacheco conduziu o negócio. Na reunião, ele declarou que a diretoria tinha decidido negociar Rodrigo com o La Coruña.
Essa decisão era impraticável, já que em fevereiro, Pacheco já havia colocado o futuro de Rodrigo nas mãos do Real. (MARCELO DAMATO)


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