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Rali Dacar na América do Sul faz a 1ª vítima
Após desaparecer na 2ª etapa da prova, motociclista francês é encontrado morto
Somados espectadores e outros participantes, Pascal Terry, 49, é a 52ª pessoa a morrer durante o evento, que é realizado desde 1979
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
O Rali Dacar, disputado neste ano na Argentina e no Chile,
teve ontem sua primeira vítima
fatal. O motociclista francês
Pascal Terry, 49, estreante na
prova, foi encontrado morto às
2h10, em área de difícil acesso
no km 197 da segunda etapa
(Santa Rosa-Puerto Madryn),
percorrida no domingo.
A organização da prova informou que o piloto estava sem capacete, refugiado à sombra com
alimentos e água, a 15 metros
de sua moto Yamaha 450 WRF
e a 300 metros do percurso.
A polícia da Província argentina de La Pampa, que investiga
o caso, disse que o motociclista
não estava ferido. À agência de
notícias argentina Telám, Julio
Acosta, chefe de operações da
polícia local, disse que a causa
da morte do piloto foi um edema pulmonar ocasionado pela
ingestão de um alimento que
causou uma parada cardíaca.
Às 12h30 de domingo, Terry
informou à organização que
havia ficado sem combustível,
mas recebeu ajuda de outro
competidor para continuar. Foi
a última notícia do francês, pois
em seguida seu sistema de localização por satélite saiu do ar.
Na segunda-feira, as buscas
por Terry foram feitas até por
helicóptero da polícia. Anteontem, uma informação errada
-o piloto teria completado a
quarta etapa- interrompeu
temporariamente os trabalhos,
concluídos quando o localizador do francês voltou a operar.
Há ao menos quatro participantes do rali internados. Os
casos mais graves são os dos ingleses Paul Green e Matthew
Harrison, da categoria carros,
que se acidentaram em uma
curva na primeira etapa e estão
em estado de coma induzido.
O francês Terry é o 20º competidor que morre durante o
Rali Dacar (ex-Paris-Dacar),
prova que ocorre desde 1979 e
neste ano é disputada pela primeira vez longe da África. O número de vítimas chega a 52 se
somados espectadores e outros
participantes da competição.
Com apenas 4 das 14 etapas
do rali concluídas, havia ontem
ao menos 96 abandonos (52
motos, 28 carros, 12 caminhões
e quatro quadriciclos). Largaram 212 motos, 168 carros, 74
caminhões e 23 quadriciclos.
Dos 18 brasileiros que entraram no rali (cinco em motos,
oito em carros, quatro em caminhões e um em quadriciclo),
três já haviam abandonado: os
motociclistas Carlos Ambrosio,
Dimas Mattos e João Tagino, os
dois últimos por acidentes.
Na classificação geral, lideravam após o fim da quinta etapa
(Neuquén-San Rafael): Marc
Coma (ESP), nas motos, e Tina
Thorner (SUE) e Nasser Al Attiyah (QAT), nos carros.
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