São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2011

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Ronaldinho mania

Grêmio arma festa para astro, centenas de pessoas vão ao estádio Olímpico , mas novela continua sem fim e direção do time gaúcho aborta comemoração

Fábio Berriel/Folhapress
Perto do Olímpico, gremistas esperam por Ronaldinho

GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

Em 2001, Carlos Alberto Delgado, então com 11 anos, estava no estádio Olímpico quando Ronaldinho fez seu último gol pelo Grêmio.
Na época, Delgado engrossou o coro de torcedores que chamaram o astro de "mercenário" devido à transferência para o Paris Saint-Germain.
Dez anos depois, Delgado está de volta ao Olímpico. E espera a reconciliação com o ex-melhor do mundo.
"Soube que ele ia se apresentar hoje [ontem], pedi folga no trabalho e vim. A volta dele vai selar o perdão da torcida", declarou o torcedor.
A tão aguardada apresentação de Ronaldinho acabou não acontecendo, mas, assim como Delgado, centenas de gremistas estiveram ontem na porta do estádio.
Uniformizados e portando bandeiras e faixas, os torcedores fizeram vigília em frente ao Olímpico, à espera de qualquer informação sobre o retorno de Ronaldinho.
A direção do Grêmio estimulou a ansiedade ao iniciar, na manhã de ontem, os preparativos da festa de apresentação do meia.
Equipamentos de sonorização foram montados no gramado, e uma operação especial para o trânsito foi acertada com a prefeitura.
À tarde, como a negociação não foi concluída, os cartolas gremistas recuaram e mandaram desmontar e guardar os equipamentos.
A Folha apurou que, na manhã de ontem, o estafe de Ronaldinho telefonou para dirigentes palmeirenses para afirmar que, apesar do "barulho" feito pelo Grêmio, ainda não havia definições.
O vice-presidente de futebol gremista, Antônio Vicente Martins, negou que as idas e vindas na preparação da festa tenham sido uma jogada de marketing ou um movimento premeditado da direção para desestimular Palmeiras e Flamengo, que também negociam com o astro.
Martins reafirmou que os termos da negociação já estão acordados e que o martelo só não foi batido porque os advogados das partes não concluíram o acordo sobre cláusulas do futuro contrato.
"Sempre existe a possibilidade de o negócio não sair, mas não acredito nisso. O importante é que os dois [Grêmio e Ronaldinho] querem", afirmou o dirigente gremista.
Até Pelé entrou na discussão. Ontem, em visita à Vila Belmiro, disse estar cansado da novela. "Não é admissível que os clubes aceitem fazer leilão por um jogador. Se ele ama mesmo o Grêmio, deveria jogar de graça lá. Já está com a vida feita", declarou.


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