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FUTEBOL
Após perder Rincón, clube exige que parceiro abra os cofres para evitar a saída de Edílson e Vampeta
HMTF abafa desmanche corintiano
MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local
O Corinthians está recorrendo a
seu parceiro, o fundo de investimentos norte-americano HMTF,
para iniciar uma operação para
evitar a evasão de estrelas.
Após a saída do volante colombiano Rincón, que pediu a rescisão de seu contrato na semana
passada, e da negociação de Vampeta com o futebol europeu, Edílson passou a ser a nova ameaça ao
atual time campeão paulista, brasileiro e mundial.
Antes que a situação assuma as
mesmas proporções do caso de
Rincón, tornando-se irreversível,
os dirigentes corintianos resolveram apelar ao HMTF (Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated
Ltda.), para cobrir todas as exigências financeiras dos jogadores.
Edílson, que não se apresentou
ontem com o restante do grupo,
alegando um problema particular
para resolver hoje em Salvador
-onde está há três semanas de
férias-, estaria exigindo as mesmas regalias que o HMTF teria
aceitado conceder para manter
Rincón e Vampeta no time.
O HMTF aceitou pagar até US$
5,5 milhões a Rincón por dois
anos de contrato. Mesmo assim,
ele preferiu negociar com o Santos, que espera apresentá-lo à torcida até sexta-feira.
A Vampeta, o parceiro corintiano aceitou dobrar a porcentagem
a que teria direito pela aquisição
de seu passe, por US$ 5 milhões,
em julho do ano passado, do banco espanhol Bilbao Vizcaya.
Assim, ele receberia 30% do valor (US$ 1,5 milhão), com uma
cláusula no contrato assegurando
a diferença em uma futura negociação por um valor maior.
Isso tudo paralelamente à equiparação de seu salário, que era de
R$ 30 mil (não declarados), ao de
Edílson e Marcelinho, em torno
de R$ 150 mil.
Edílson, que em julho de 1999
reformou seu contrato por quatro
anos com o Corinthians, mas não
estava satisfeito com a forma de
pagamento dos 15% de seu passe,
em 12 parcelas, estaria exigindo o
mesmo tratamento.
O atacante, comprado por US$
3,5 milhões também do Bilbao
Vizcaya, estaria exigindo o pagamento à vista e em dobro, como o
oferecido a Vampeta.
O diretor de futebol do Corinthians Carlos Nujud, que, até a
apresentação da carta de Rincón
pedindo rescisão, negava haver
problemas com o volante, nega
também o impasse com Edílson.
""O Edílson avisou na quinta-feira da semana passada que teria de
atrasar sua apresentação em dois
dias. Só não revelei nada porque
queria falar antes com o Oswaldo
(de Oliveira, técnico do time). Na
quarta-feira (amanhã), com certeza, ele estará aí", disse o diretor.
O prazo coincide, no entanto,
com o mesmo estipulado pelo representante do HMTF no clube,
José Roberto Guimarães, para resolver os últimos detalhes para
que ele permaneça no clube.
Guimarães, mesmo após ter
deixado a diretoria de futebol do
Corinthians para assumir a vice-presidência da Teamco -empresa que cuida das ações mercadológicas do HMTF na América Latina-, esteve ontem no clube.
""O Zé Roberto e o Nei (apelido
de Nujud) me disseram que tudo
deverá estar resolvido até quarta-feira para que eu continue aqui",
afirmou Vampeta.
O empresário do jogador, Reinaldo Pitta, retornou ontem da
Europa e pretende se reunir nesta
semana com os dirigentes. Vampeta pode ser negociado, mas
continuar no Corinthians por
mais uma temporada.
""Contamos com o Vampeta por
mais uma ou mais três temporadas, conforme o desenrolar do
acordo, embora ainda haja uma
pequena possibilidade de ele ser
vendido", disse Nujud.
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