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Vitória em Campinas é vital para time subir no Paulista e fugir do risco de novo rebaixamento
Palmeiras quer se afastar hoje do 'torneio da morte'
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se vencer o Guarani hoje, o Palmeiras se junta aos líderes do
Grupo 1 do Paulista e, mais que isso, termina com o tabu de não obter duas vitórias seguidas desde
julho do ano passado. Se perder
em Campinas, porém, o time de
Jair Picerni se avizinha do "torneio da morte", que determinará
os rebaixados estaduais.
O Palmeiras nem quer pensar
em novo tropeço. "Não vou falar
de derrota sem antes ter jogado",
declarou o meia Zinho. "Este é
nosso jogo mais importante até
agora", definiu o treinador.
Clube montado e abandonado
por Picerni, o Guarani está com
100% de aproveitamento na temporada. Uma de suas últimas vitórias foi a goleada (4 a 0) sobre o
Barbarense, time que bateu (4 a 2)
o Palmeiras no Parque Antarctica.
Já o Palmeiras teve um início de
ano titubeante: a vitória magra
sobre o Mogi Mirim (2 a 1), a queda diante do Barbarense e o triunfo apertado contra o frágil Operário-MT. O time repete a mesma
oscilação de 2002 que o condenou
à segunda divisão nacional.
"O Guarani é um time certinho.
Já a gente ainda tem muitas falhas", resume o goleiro Marcos.
Atualmente, o Palmeiras é o 11º
time pelo índice técnico da competição, posição que selaria sua
ida para o "torneio da morte".
Esse sistema de descenso prevê
dois grupos de seis times, com enfrentamentos entre os grupos. Caso o Palmeiras tenha de lutar por
sua permanência na elite paulista,
terá seis jogos pela frente em março, o que complicaria o calendário
do time -poderia fazer ainda um
playoff com o vice da Série A-2.
A única vantagem, se é que se
pode dizer isso, seria utilizar essas
partidas como laboratório para a
Série B do Brasileiro, afinal, Lusa,
Paulista de Jundiaí, Marília e Mogi Mirim, times da segunda divisão nacional, também estão mal
na competição local.
A "tática de time pequeno" está
montada. O sistema com cinco
meias e um só atacante (4-5-1) deverá ser repetido -a primeira vez
que uma formação é reeditada.
Quem não ficou contente com a
decisão foi Muñoz, que, recuperado de lesão, imaginava voltar hoje. "O Palmeiras não deve ter um
só atacante. Devia se espelhar no
Corinthians, que colocava três
atacantes em campo. Todo atacante deve ter um companheiro",
desabafou o colombiano. "O Palmeiras não tem que se defender.
Tem de atacar", completou.
As declarações de Muñoz irritaram o técnico. "Ele não tem nada
de falar isso. Ele não vai determinar como eu vou montar o time",
respondeu Picerni.
Após o atrito com Dodô, que
abandonou os treinos, esse parece
ser o segundo racha do treinador
no clube, que conta com oito atacantes em seu plantel.
Mesmo com o fraco desempenho contra o Operário-MT, Picerni vai repetir a aposta em mais uma tentativa de trazer confiança.
Outra disputa de Picerni é com
Neto, diretor do Guarani, que
prometeu prêmio dobrado para
derrotar seu desafeto. "Não tem
nada a ver o que ele falou. Saí do
Guarani por uma oportunidade
profissional. Não por dinheiro."
O técnico palmeirense se reuniu
ontem com o presidente do clube,
Mustafá Contursi, e pediu mais
dois reforços. Ele se disse preocupado com falta de documentação
de Carlos Castro e pode solicitar
outro atacante. Também quer Cocito, volante do Atlético-PR.
Guarani x Palmeiras, na
Record, ao vivo, às 18h
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