São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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Corinthians tenta driblar a "armadilha" Pacaembu

Diante do Rio Claro, equipe joga para encerrar seqüência negativa no estádio

Se perder, clube completará três derrotas seguidas em sua "casa", o que não ocorre pelo Paulista desde 1987; Leão teme os próprios erros

Fernando Santos/Folha Imagem
O zagueiro Marquinhos faz alongamento em treino do Corinthians, que hoje enfrenta o Rio Claro


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos maiores aliados históricos do Corinthians tem sido um ponto vulnerável da equipe neste início de temporada. O Pacaembu, palco do jogo contra o Rio Claro às 20h30, transformou-se em preocupação para os corintianos no Paulista. Enquanto fora de casa o time ostenta 100% de aproveitamento, no estádio municipal esse número cai pela metade. Lá foram duas derrotas seguidas, o que não ocorria desde 1995 pelo torneio. Caso perca hoje, o time vai igualar série negativa de derrotas no Estadual no estádio municipal de 1987.
Com 12 pontos em seis jogos, os dois únicos tropeços até agora na competição foram em sua "casa". Derrotas para Ituano (2 a 1) e São Caetano (1 a 0). Para o técnico Emerson Leão, o Pacaembu virou uma "armadilha" para sua equipe. "Às vezes não perdemos para os adversários. Perdemos para nossos erros", afirmou.
A análise dele refere-se ao modo como os rivais enfrentam o Corinthians em seus domínios. Basicamente, jogam fechados e exploram os contragolpes. "Nós temos de arrumar um meio de atraí-los", diz Leão. "Não tenho muito conhecimento do Rio Claro, mas a gente sabe como eles vão jogar. Esses times jogam fechados, com mais zagueiros e volantes", analisa o meia Roger. O próprio técnico, em sua gestão à frente da equipe, virou uma vítima dos jogos no estádio. De suas sete derrotas comandando os alvinegros, quatro ocorreram no Pacaembu. Duas delas no Brasileiro do ano passado, quando o time teve apenas 54% de aproveitamento no estádio que chama de "casa".
Como efeito de comparação, no Paulista de 2006, o campeão Santos teve 100% de aproveitamento na Vila Belmiro. "Time que quer ser campeão não pode perder tanto em casa. O respeito ocorre só quando vencemos. Temos de ter consciência disso", prega Magrão. Para quebrar a seqüência negativa em casa, Leão se cercou de cuidados nos últimos dias. Detectou falha de marcação de seus homens de meio-campo no jogo contra o Guaratinguetá.
Com seu esquema batizado de 5-5 (cinco na marcação e cinco no ataque), o time deixou espaço para o avanço dos volantes rivais, que devem ser acompanhados pelos meias. Por conta disso, Roger pode perder a posição para Willian, jogador mais vigoroso, que pode ajudar na marcação. Leão, porém, não confirmou a mudança. Mas já afirmou que Roger não deve marcar.
Com um ou com outro, o fato é que o treinador manterá o esquema com três zagueiros. Elogiado por Leão, Marquinhos ganhou vaga de Gustavo e atuará ao lado de Betão e Marinho. Nas alas, mas com liberdade para se movimentar, ele escalará Elton e Rosinei. O Rio Claro, do técnico Márcio Araújo, virá com três zagueiros e três volantes. No ataque, Vidinha e Marcelinho disputam uma vaga.
Colaborou FÁBIO TURA , do Datafolha

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