Torneio, que não tinha melhor do mundo na primeira rodada desde 2004, agora tem Nadal até como fã

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a ascensão de Rafael Nadal ao topo do ranking, a Copa Davis recuperou o poder de atrair o número um do mundo.
Nadal, que defende a campeã Espanha no duelo contra os sérvios, já deixou claro que gosta muito de disputar o principal torneio entre países do tênis e deve ser presença constante nos confrontos da Davis.
É a primeira vez desde 2004 que o líder do ranking joga a primeira rodada da elite.
Nadal, 22, só não esteve na decisão do ano passado contra a Argentina, em Mar del Plata, por causa de lesão que ainda o tirou do Masters de Xangai.
Fora das partidas na Argentina, o tetracampeão de Roland Garros se transformou em torcedor. Colegas de equipe disseram que ele ligou durante as partidas para quem estava no banco para saber como estava o confronto quando caiu o sinal do hotel em que se hospedou.
Ontem, derrotou Janko Tipsarevic e vibrou à beira da quadra na vitória de David Ferrer e na derrota nas duplas -a Espanha lidera o duelo por 2 a 1 e Nadal pode definir o confronto contra Novak Djokovic.
"Eu me sinto ótimo e estou muito ansioso para defender meu país", afirmou Nadal, que se recuperou de contusão, antes do sorteio contra os sérvios.
A postura do espanhol, que, lesionado, não jogou em Dubai na semana anterior à primeira rodada da Davis, é bem diferente da de seu antecessor imediato, o suíço Roger Federer.
Ele estreou no torneio aos 17 anos, em 1999, e disputou os todos 11 confrontos da Suíça até se tornar o número um do mundo, em fevereiro de 2004.
Naquele ano, ainda liderou a equipe até as quartas, quando a Suíça caiu diante dos franceses.
Desde então, Federer passou a priorizar sua carreira e nunca mais disputou a primeira rodada do Grupo Mundial.
Por dois anos, salvou o país na repescagem, mas em 2007 suas duas vitórias em simples não foram suficientes para vencer a República Tcheca e manter a Suíça na elite do torneio.
Se tivesse a Davis como prioridade, a Suíça seria uma forte candidata ao título. Além de ser favorito nos jogos de simples contra a maioria dos rivais, Federer formaria dupla com Stanilas Wawrinka -juntos, foram ouro em Pequim-2008.