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Goleiro falha e permite virada do Nacional, mas defende três vezes na decisão por pênaltis e empurra campeão brasileiro para as quartas-de-final do torneio que só ganhou na era Pelé
Fábio Costa garante sonho do Santos na Libertadores
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na falta de brilho de Diego e Robinho, Fábio Costa saiu como o
herói iluminado da classificação
do Santos ontem na Libertadores.
Graças a três defesas do goleiro
nas cobranças de pênaltis, o time
de Leão mordeu a vaga para as
quartas-de-final do torneio sul-americano eliminando o Nacional do Uruguai na Vila Belmiro.
A partida do Santos contra a
equipe que quase arrancou a dentada o dedo de Diego no 4 a 4 em
Montevidéu, no jogo de ida, acabou 2 a 2 em seu tempo normal.
No desempate dos pênaltis, se
Fábio Costa garantiu a vitória defendendo, Ricardo Oliveira, Elano
e Renato ajudaram com gols.
O Santos é o primeiro time brasileiro a se classificar para as quartas-de-final da Libertadores 2003.
Seu adversário sai do confronto
entre Cruz Azul e Deportivo Cali.
Ontem foi a primeira vez que o
time da Vila Belmiro, que já foi bicampeão do torneio continental
nos tempos que quem salvava era
Pelé, experimenta a cobrança de
pênaltis na Libertadores.
Para o jogo, Leão veio com um
time bem ofensivo, com o atacante Nenê no lugar do lateral Reginaldo Araújo. Nos primeiros minutos, essa opção pelo ataque total prendia os uruguaios em seu
campo. As bolas vinham pela esquerda (Nenê), meio (Diego) e direita (Elano), sempre resultando
em jogada de perigo.
Aos 3min, Nenê arriscou de esquerda e quase marcou. Aos
5min, Elano cruzou para Ricardo
Oliveira, sozinho, cabecear no travessão. E aos 9min, em jogada
igual, a trave não salvou o Nacional. Elano fez o mesmo e Ricardo
Oliveira também, desta vez de
modo certeiro. Santos 1 a 0.
O mesmo apetite santista pelo
ataque era nítido também na hora
de cometer faltas. Tentando descontar o tratamento recebido no
Uruguai na primeira partida, o time da Vila Belmiro aproveitaria a
vantagem no placar para caprichar nas jogadas duras.
O Santos acabaria o primeiro
tempo com cinco cartões amarelos, contra três dos "violentos"
uruguaios. O final do jogo contabilizaria um total de dez amarelos,
somando as duas equipes.
Essas jogadas faltosas iam municiando o Nacional, que tinha o
meia O'Neill em noite feliz nas bolas paradas. Aos 38min, ele bateu
escanteio da esquerda. Espirrada,
a bola acabou para o meia Eguren
empatar, de bicicleta.
Outro belo gol uruguaio veio
aos 42min. O inspirado O'Neill
ameaçou cruzar em cobrança de
falta pela intermediária direita e
bateu direto a gol, enganando Fábio Costa. Nacional 2 a 1.
"Todo mundo chegou ao vestiário com cara de bunda", lembrou
Leão. "O que eu fiz foi dar apoio."
No segundo tempo, o Santos começou assustado, e o Nacional,
fechado. Com Ricardo Oliveira
anulado, Robinho errando e Diego mal, era preciso encontrar um
meio para furar o bloqueio uruguaio. Aí o Santos "achou" mesmo o empate, aos 20min. André
Luís e Eguren se agarravam na
área pequena quando Elano cobrou falta da direita. A bola bateu
na cabeça do uruguaio e entrou.
O empate inibiu as duas equipes, que pouco arriscavam. O
Santos ainda poderia ter conseguido sua vitória no tempo normal, se o árbitro não interpretasse
mão na bola de Ricardo Oliveira,
em uma jogada aos 47min em que
o lateral Léo marcou, em vão.
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