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BASQUETE
Pela 1ª vez, torneio masculino inicia hoje sua fase decisiva com o recorde de 5 Estados ainda lutando pelo título
Nacional abre mata-mata da diversidade
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um jogo abre hoje o mata-mata
mais diversificado da história do
Nacional masculino. Londrina e
Ajax-GO, times que iniciam a disputa da fase decisiva, mostram
uma nova face da competição: a
ascensão de Estados periféricos.
Neste ano, times de cinco Estados (São Paulo, Rio, Minas, Goiás
e Paraná) estão nos mata-matas,
que terão os seguintes duelos:
Uberlândia x Vasco, Minas x Flamengo, Ajax x Londrina e COC/
Ribeirão Preto x Araraquara.
É o maior número de Estados
na fase decisiva. A marca anterior
pertencia às edições de 2000 e
2002, quando times de quatro
unidades da federação se classificaram para as quartas-de-final.
Com a queda dos times do eixo
Rio-São Paulo, que dominaram o
Nacional nos últimos anos, Estados até então secundários já pensam em vôos mais altos.
"Minas Gerais tem feito um trabalho sério. Seria ótimo para o Estado um título nacional", afirma Flávio Davis, técnico do Minas.
"Fizemos uma campanha impecável, mas agora começa outro
campeonato. Vou em busca do
único título que ainda não tenho",
conta Zé Boquinha, técnico do
Uberlândia, dono da melhor
campanha da primeira fase.
"Com um investimento menor
neste ano, não esperávamos colher frutos tão rápido", surpreende-se Enio Vecchi, treinador do Londrina, que fez, no Nacional-2003, a melhor campanha da história da equipe paranaense, que disputa a competição desde 1997.
"Peguei a equipe em último lugar no Nacional passado, com só
uma vitória, e chegamos em quarto neste ano. Mas não estamos satisfeitos. Queremos mais", afirma
Alberto Bial, que se mudou do Rio
para Goiânia para dirigir o Ajax.
Por outro lado, São Paulo e Rio
têm tudo para deixar, neste ano, o
papel de protagonistas.
Os únicos paulistas ainda no
torneio -Ribeirão e Araraquara- se enfrentam já nas quartas-de-final. Ou seja, haverá apenas um time do Estado nas semifinais,
fato que não ocorria desde 2000.
"O Estado continua forte. Franca, Bauru, Mogi e Casa Branca ficaram entre o nono e o 12º lugar.
E, dessas equipes, as três primeiras lutaram pela vaga até o fim",
analisa Lula, técnico do Ribeirão.
Seu time e o de Araraquara têm
muita rivalidade. As equipes decidiram o Paulista em 2001 e 2002.
Nas duas vezes, a equipe de Ribeirão venceu. Na última, a de Araraquara reclamou de favorecimento
da arbitragem para o rival.
"O que aconteceu nos últimos
tempos foi importante para o
crescimento das duas equipes.
Mas passou. O importante é que
sempre nos encontramos em fases decisivas", afirma Tom Zé,
treinador do Araraquara.
Os dois cariocas na disputa jogarão em desvantagem contra times de Minas. Se prevalecer o
mando de quadra, não haverá
clube do Rio na semifinal. Tal fato
não ocorre há seis anos.
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