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São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2003

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BASQUETE

Pela 1ª vez, torneio masculino inicia hoje sua fase decisiva com o recorde de 5 Estados ainda lutando pelo título

Nacional abre mata-mata da diversidade

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um jogo abre hoje o mata-mata mais diversificado da história do Nacional masculino. Londrina e Ajax-GO, times que iniciam a disputa da fase decisiva, mostram uma nova face da competição: a ascensão de Estados periféricos.
Neste ano, times de cinco Estados (São Paulo, Rio, Minas, Goiás e Paraná) estão nos mata-matas, que terão os seguintes duelos: Uberlândia x Vasco, Minas x Flamengo, Ajax x Londrina e COC/ Ribeirão Preto x Araraquara.
É o maior número de Estados na fase decisiva. A marca anterior pertencia às edições de 2000 e 2002, quando times de quatro unidades da federação se classificaram para as quartas-de-final.
Com a queda dos times do eixo Rio-São Paulo, que dominaram o Nacional nos últimos anos, Estados até então secundários já pensam em vôos mais altos.
"Minas Gerais tem feito um trabalho sério. Seria ótimo para o Estado um título nacional", afirma Flávio Davis, técnico do Minas.
"Fizemos uma campanha impecável, mas agora começa outro campeonato. Vou em busca do único título que ainda não tenho", conta Zé Boquinha, técnico do Uberlândia, dono da melhor campanha da primeira fase.
"Com um investimento menor neste ano, não esperávamos colher frutos tão rápido", surpreende-se Enio Vecchi, treinador do Londrina, que fez, no Nacional-2003, a melhor campanha da história da equipe paranaense, que disputa a competição desde 1997.
"Peguei a equipe em último lugar no Nacional passado, com só uma vitória, e chegamos em quarto neste ano. Mas não estamos satisfeitos. Queremos mais", afirma Alberto Bial, que se mudou do Rio para Goiânia para dirigir o Ajax.
Por outro lado, São Paulo e Rio têm tudo para deixar, neste ano, o papel de protagonistas.
Os únicos paulistas ainda no torneio -Ribeirão e Araraquara- se enfrentam já nas quartas-de-final. Ou seja, haverá apenas um time do Estado nas semifinais, fato que não ocorria desde 2000.
"O Estado continua forte. Franca, Bauru, Mogi e Casa Branca ficaram entre o nono e o 12º lugar. E, dessas equipes, as três primeiras lutaram pela vaga até o fim", analisa Lula, técnico do Ribeirão.
Seu time e o de Araraquara têm muita rivalidade. As equipes decidiram o Paulista em 2001 e 2002. Nas duas vezes, a equipe de Ribeirão venceu. Na última, a de Araraquara reclamou de favorecimento da arbitragem para o rival.
"O que aconteceu nos últimos tempos foi importante para o crescimento das duas equipes. Mas passou. O importante é que sempre nos encontramos em fases decisivas", afirma Tom Zé, treinador do Araraquara.
Os dois cariocas na disputa jogarão em desvantagem contra times de Minas. Se prevalecer o mando de quadra, não haverá clube do Rio na semifinal. Tal fato não ocorre há seis anos.


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