São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2006

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FUTEBOL

Lanterna, time leva 2 a 0 do São Caetano e segue sem pontos no Brasileiro-06, mas dirigente e técnico negam crise

Com reservas, Palmeiras perde mais uma

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao perder ontem pela quarta vez no Brasileiro-2006, de 2 a 0, para o São Caetano, o Palmeiras banalizou a crise do seu futebol.
Lanterna da competição, sem nenhum ponto conquistado, o time não viu protestos veementes da torcida nem medidas drásticas por parte de sua diretoria.
Ameaçado de cair para segunda divisão do Nacional, o clube escalou os reservas ontem. E a equipe voltou a ter um rendimento ruim.
Dos titulares, só Sérgio e Corrêa foram escalados -a comissão técnica alegou desgaste de Edmundo, Gamarra e Paulo Baier. Foi a chance para os atletas do time B, tão exaltado por cartolas.
Mesmo assim, a equipe errou quase o mesmo número de passes de outras partidas no Brasileiro. Foram 55, contra a média de 57 dos outros jogos. E concluiu 15 vezes a gol, quando em outros jogos tinha média de 17 arremates.
"Contra o Santos, escalei todo mundo e também perdemos. O time até começou bem hoje", afirmou o técnico interino Marcelo Vilar. Ele pode ser substituído durante a semana, mas, com a falta de opções no mercado, tem chance de permanecer para a partida diante do Cruzeiro, no Parque Antarctica, no próximo domingo.
Sua decisão de poupar titulares foi aprovada pelo diretor de futebol Salvador Hugo Palaia. "O Palmeiras não está em desespero", disse o cartola, sobre a ameaça de cair para a Série B.
A equipe completou um mês sem ganhar: a última vitória foi em 9 de abril, ainda pelo Paulista. No Brasileiro, já sofreu 13 gols, média de 3,25 por partida. Vilar continua sem vitórias após quatro jogos no comando do alviverde.
No início do jogo, os reservas palmeirenses mostravam disposição, atacando mais do que o São Caetano. O time apostava nos avanços dos laterais Ilsinho e Michel, mas o meio-de-campo não conseguia criar boas jogadas.
Sem ser brilhante, o São Caetano marcava melhor e apostava no ex-corintiano Élton para puxar os contra-ataques. A partir dos 30min, o meio-campista começou a ser o fator de desequilíbrio.
Aos 35min, Corrêa e Thiago Gomes se atrapalharam, e Élton roubou a bola, driblou e chutou para gol. Sérgio deu rebote, o qual Marabá aproveitou e abriu o placar.
Animado, Élton passou a levar vantagem em todos os lances sobre a defesa. Aos 39min, recebeu em velocidade, diante de um lento Thiago Gomes. Driblou Sérgio e caiu no choque com o goleiro, mas conseguiu se levantar e tocar para as redes: 2 a 0.
Antes do intervalo, a torcida palmeirense começou a protestar contra a equipe. As reclamações dos torcedores foram a tônica do segundo tempo da partida.
Com dois novos jogadores, Ricardinho e Francis, o meio-de-campo seguia improdutivo. O time apelava para cruzamentos na área, com finalizações pífias -o goleiro Luis quase não trabalhou. O São Caetano levava mais perigo em contra-ataques e bolas aéreas. Quase marcou mais duas vezes.
Ao final, o Palmeiras protagonizou uma cena patética. Sérgio partiu para o ataque, em lance de cruzamento. Ficou no setor ofensivo até o fim da partida, sem conseguir a cabeçada.
"É o pior momento do clube desde que estou aqui", afirmou o volante Corrêa.


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