Noite desastrosa para os brasileiros na Taça Libertadores, exceção feita aos tricolores no Morumbi

NO MINEIRÃO , decepção.
No Maracanã, vexame.
Só no Morumbi as coisas foram como deveriam, na indiscutível vitória do São Paulo por 2 a 0 no aguerrido time uruguaio do Nacional, gols de Adriano e Dagoberto, um em cada tempo.
Que o Boca Juniors não seria fácil todos sabiam no Cruzeiro, mas chega a irritar ver novamente um time brasileiro ser vítima das mesmas armas de sempre da campeoníssima equipe portenha.
Os 2 a 1 do Mineirão já foram vistos em outros estádios brasileiros no Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro, até no Pará.
E o que o Flamengo permitiu ao América do México no Maracanã não tem nem nome, algo assim inimaginável, equivalente ao fiasco do Botafogo no Monumental de Nuñes, no ano passado, durante a Copa Sul-Americana.
Tomar de 3 a 0 podendo perder de 2 a 0, em casa, e contra um time que nem no México está bem, é de dar vergonha e de desmentir tudo aquilo que todos pensávamos sobre Joel Santana e sobre Caio Júnior, embora o primeiro continue a ser competente e o segundo tenha um azar que só vendo.
Coisas do futebol, é claro, mas dignas de desmontar a frágil estrutura da Gávea.
É claro que o São Paulo não tem nada com isso e que o Fluminense tem que tomar todos os cuidados do mundo diante da experiência do rival paulista nessa hora, mesmo com a vantagem de poder atuar no segundo jogo no Maracanã.
Até porque o Maracanã...
E que o Santos não traga a terceira decepção hoje à noite na Colômbia, embora o técnico Emerson Leão tenha novos argumentos para impedir qualquer salto alto diante do aparentemente batido Cúcuta, porque ele sabe que o Cúcuta é melhor que o América, como o Flamengo era melhor que o Santos.
Era, é claro, e bote era nisso, a menos que o Santos também volte eliminado, no que não podemos nem devemos acreditar.

Brasileirão-2008
Pelo sexto ano seguido em pontos corridos, pelo terceiro com 20 clubes, como bem enfatizou o presidente da CBF, orgulhoso do fim das viradas de mesa, vem aí o Campeonato Brasileiro. Parabéns!
Chato o papel de lembrar que as viradas de mesa foram celebrizadas em sua eterna gestão e que tanto o fim delas quanto a fórmula atual são decorrências naturais do cumprimento do Estatuto do Torcedor, contra o qual o dirigente lutou e tentou boicotar, até com um locaute do futebol, em 2003.
Mas é inegável que Teixeira tem sabido resistir às pressões, principalmente da Globo Esporte, para manter o que vem dando certo.

Taça de Bolinhas
Já virou piada, como o Campeonato Mundial de 1951 do Palmeiras, a tal taça do pentacampeão brasileiro que deveria morar na Gávea desde 1992 e que o São Paulo pleiteia, amoralmente, desde o ano passado.
E virou, também e ao menos, motivo para irritação do cartola-mór de nosso futebol, como se viu anteontem no seminário promovido pela CBF.

Espírito esportivo
Petraglia não entrega a taça do Coritiba, Juvenal não vai à festa da FPF, mala branca para o Sportivo Luqueño, gás insolúvel. Viva!