São Paulo, domingo, 08 de maio de 2011

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JUCA KFOURI

Tudo pode acontecer


Sim, tudo pode acontecer, inclusive nada. O departamento de palpites está de quarentena

DEPOIS DA massacrante quarta-feira, e da quinta em que a invencibilidade do Flamengo caiu, em casa, diante do Ceará, assim como a do Coritiba foi mantida à custa de uma goleada acachapante no Palmeiras, quem se aventurará a fazer previsões neste domingo de decisões estaduais?
O ano de 2011, que começou em Ibagué, terra do Tolima, tem tudo para entrar para a história do futebol brasileiro como um dos mais surpreendentes de todos os tempos.
A tal ponto que o mais fraco dos grandes paulistas está cotado para ser o campeão estadual, porque não só a superioridade incontestável do Santos tende a ser neutralizada pelo inevitável desgaste a que Ganso e companhia estão submetidos, como, também, como se viu nos dias que passaram, superioridade não basta para ganhar.
Ou será que o Paranaense é tecnicamente melhor que o Paulistinha? E o Cearense, será mais difícil que o Carioca? Para não falar dos campeonatos da Colômbia (hein, Cruzeiro?), do Paraguai (hein, Fluminense?), do Uruguai (hein, Inter?) e do Chile (hein, Grêmio?). Alguma coisa acontece no meu futebol e talvez só mesmo Caetano Veloso possa explicar, porque alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial.
Mas o quê? Eu não sei.
Nem o Felipão, o Luxemburgo, o Cuca, o Falcão...

MARACANÃ, INESQUECÍVEL
André Iki Siqueira, autor do ótimo "João Saldanha, Uma Vida em Jogo", pela Companhia Editora Nacional, está colhendo depoimentos para seu novo livro, "Maracanã, Inesquecível".
Ele até já ouviu Chico Buarque de Hollanda, que jogou no estádio numa das preliminares da despedida de Mané Garrincha.
E que quando foi perguntado sobre se, de fato, tinha jogado naquela noite, não se fez de rogado: "Claro que joguei. Fui o melhor em campo".

KIRRATAS
É claro que o leitor percebeu que, na coluna passada, a referência ao Inter depois da citação da dupla Gre-Nal deveria ser ao Fluminense e não, outra vez, ao Inter.
Mas não deve ter percebido que o que mestre Tostão chamou de operatórios o aluno aqui tratou como operacionais. As palavras até são sinônimas, mas o conceito, do educador suíço Jean Piaget, diz respeito aos operatórios mesmo, aqueles que, simplifico eu, buscam racionalizações em tudo.

blogdojuca@uol.com.br


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