São Paulo, sexta-feira, 08 de junho de 2001

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"Revanche" por pouco não vira goleada

DO ENVIADO A SUWON

Deu a lógica. A favorita França, campeã mundial e européia, derrotou por 2 a 1 a combalida seleção brasileira de Emerson Leão, no primeiro confronto entre as equipes desde a final da Copa-98.
O fracasso do Brasil não pode ser visto como surpresa, dada a sucessão de erros e problemas desde o início do torneio, a começar pela composição do time, um "catado" sem a presença dos mais importantes jogadores do país.
Ontem, bem mais completa e entrosada, a França poderia ter feito um placar maior, não fossem as inúmeras chances perdidas.
Mas o fato de a seleção ter disputado o torneio com um time B não diminui as falhas de Leão.
Mesmo sem contar com Romário, Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos, entre outros, o técnico teve aquilo que mais reclama: tempo para preparar uma equipe. Até ontem, foram 16 dias de treino no Japão e na Coréia do Sul. Mesmo assim, não conseguiu dar um padrão tático mínimo ao time.
Um dos reflexos disso foi a escassez de gols, uma marca já de sua gestão. Na Copa das Confederações, foram só três em quatro jogos. Em nove partidas contra seleções, o Brasil de Leão fez dez gols, média de 1,1 -contra 2,67, por exemplo, da fase com vexames de Wanderley Luxemburgo.
Outro erro fatal de Leão, que ajuda a explicar o tímido segundo lugar na primeira fase do torneio, após empates sem gols com Canadá e Japão, foi a decisão de desprezar o volante Vampeta, o mais experiente em seleção entre os jogadores de linha que foram à Ásia.
Vampeta ficou no banco desde o segundo tempo da estréia do Brasil, enquanto Leomar, jogador sofrível, burocrático, inútil para armar jogadas e fraco para desarmá-las, foi titular e até capitão.
Em que pese o medíocre futebol apresentado, o treinador fez avaliação positiva da experiência na Copa das Confederações.
Com a derrota para a França, o Brasil disputa amanhã, em Ulsan, na Coréia do Sul, o terceiro lugar contra a Austrália, que ontem perdeu para o Japão por 1 a 0.
A final entre franceses e japoneses será domingo, em Yokohama, no Japão. (FÁBIO VICTOR)


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