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"Revanche" por pouco não vira goleada
DO ENVIADO A SUWON
Deu a lógica. A favorita França,
campeã mundial e européia, derrotou por 2 a 1 a combalida seleção brasileira de Emerson Leão,
no primeiro confronto entre as
equipes desde a final da Copa-98.
O fracasso do Brasil não pode
ser visto como surpresa, dada a
sucessão de erros e problemas
desde o início do torneio, a começar pela composição do time, um
"catado" sem a presença dos mais
importantes jogadores do país.
Ontem, bem mais completa e
entrosada, a França poderia ter
feito um placar maior, não fossem
as inúmeras chances perdidas.
Mas o fato de a seleção ter disputado o torneio com um time B
não diminui as falhas de Leão.
Mesmo sem contar com Romário, Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos, entre outros, o técnico teve
aquilo que mais reclama: tempo
para preparar uma equipe. Até
ontem, foram 16 dias de treino no
Japão e na Coréia do Sul. Mesmo
assim, não conseguiu dar um padrão tático mínimo ao time.
Um dos reflexos disso foi a escassez de gols, uma marca já de
sua gestão. Na Copa das Confederações, foram só três em quatro
jogos. Em nove partidas contra
seleções, o Brasil de Leão fez dez
gols, média de 1,1 -contra 2,67,
por exemplo, da fase com vexames de Wanderley Luxemburgo.
Outro erro fatal de Leão, que
ajuda a explicar o tímido segundo
lugar na primeira fase do torneio,
após empates sem gols com Canadá e Japão, foi a decisão de desprezar o volante Vampeta, o mais
experiente em seleção entre os jogadores de linha que foram à Ásia.
Vampeta ficou no banco desde
o segundo tempo da estréia do
Brasil, enquanto Leomar, jogador
sofrível, burocrático, inútil para
armar jogadas e fraco para desarmá-las, foi titular e até capitão.
Em que pese o medíocre futebol
apresentado, o treinador fez avaliação positiva da experiência na
Copa das Confederações.
Com a derrota para a França, o
Brasil disputa amanhã, em Ulsan,
na Coréia do Sul, o terceiro lugar
contra a Austrália, que ontem
perdeu para o Japão por 1 a 0.
A final entre franceses e japoneses será domingo, em Yokohama,
no Japão.
(FÁBIO VICTOR)
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