DA REPORTAGEM LOCAL

A vitória sobre a China, anteontem, provou que, tecnicamente, a seleção brasileira está em ascensão. A partir de hoje, às 23h30, contra os EUA, a equipe terá de mostrar que também está com o fôlego em dia se quiser buscar o hepta do Grand Prix.
Nas finais, em Yokohama (Japão), as seis seleções mais bem classificadas na primeira fase disputam um novo torneio por pontos corridos.
"É um campeonato atípico. Jogamos com todos os times, todos os dias. São jogos intensos, duros e muito disputados. Sem falar no desgaste causado pelas longas viagens", diz Zé Roberto.
As brasileiras deixaram Macau, na China, às 6h de ontem, e chegaram a Yokohama às 19h30, na quinta semana consecutiva fora de casa. Quando deixou o Brasil, o treinador avisou que o GP seria um treino de luxo. E que não diminuiria o ritmo dos treinamentos e da musculação. O objetivo era chegar no auge em Pequim.
"Vamos precisar de todo o grupo nesta semana. Nossa preocupação é jogar bem esta fase final e não ter nenhuma atleta machucada. Por isso, vamos ter que rodar todas elas", afirma o técnico.
Zé Roberto deve ter mesmo todo o grupo à disposição. Paula Pequeno, recuperada de uma torção no tornozelo esquerdo, já tem condições de voltar à quadra.
O Brasil também tem a seu favor o fato de ter disputado três amistosos contra os EUA antes do início do GP -perdeu um desses jogos.
"É um bom time, com volume de jogo e boas atacantes pelo meio e pelas pontas. O Grand Prix continua sendo um bom teste para enfrentar as seleções que estarão nos Jogos", analisa o treinador.
Apesar de ter terminado a primeira etapa da competição na liderança, o Brasil não teve privilégios na tabela da fase decisiva. O jogo teoricamente mais fácil, contra o Japão, será o último.
"Estamos em um ritmo diferente, mas temos que manter a mesma disposição. Tenho certeza de que será uma partida bastante difícil", afirma a levantadora Fofão.