|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nova era
Espanha derruba a Alemanha e permite à Copa consagrar campeão inédito e tirar do Brasil exclusividade de vencer fora do continente
Eddie Keogh/Reuters
|
|
Neuer não evita o gol de Puyol no Moses Mabhida
Alemanha 0
Espanha 1
Puyol, aos 28min do 2º tempo
RODRIGO BUENO
RODRIGO MATTOS
ENVIADOS ESPECIAIS A DURBAN
A primeira Copa do Mundo
na África mostrou-se hostil
para os campeões mundiais
e forjará o oitavo país no clube dos maiorais.
A Espanha eliminou ontem nas semifinais a tricampeã Alemanha e vai decidir o
Mundial contra a Holanda,
no domingo, em Johannesburgo, uma final inédita.
Os atuais campeões europeus confirmaram o favoritismo de antes da Copa e derrubaram todo o favoritismo
que a rival havia conquistado
por suas exibições na África.
França e Itália caíram na
fase de grupos. A Inglaterra
saiu nas oitavas. Argentina e
Brasil pararam nas quartas. E
Alemanha e Uruguai ficaram
nas semifinais e agora lutarão pelo terceiro lugar no sábado, em Port Elizabeth.
Puyol anotou o gol de cabeça que garantiu uma nova
ordem no futebol mundial.
É a primeira final da história da Espanha, que havia
feito sua melhor campanha
em 1950 (quarto). Os espanhóis enfrentarão a nação
mais tradicional do futebol
sem o título mundial, a Holanda (dois vices). Um dos
dois será o primeiro país depois do Brasil a vencer uma
Copa fora de seu continente.
A Espanha chega com
uma campanha de poucos
gols marcados e poucos sofridos -venceu os três jogos no
mata-mata por 1 a 0.
Ontem, exibiu seu futebol
costumeiro, não o da primeira fase, quando até perdeu
na estreia para a Suíça.
A Holanda, com 100% de
aproveitamento, terá nova
chance em finais. Decidirá
contra uma seleção que não é
do país-sede ou campeã
mundial -perdeu a decisão
de 1974 para a Alemanha, na
Alemanha, e a de 1978 para a
Argentina, na Argentina.
"A Holanda tem bom futebol, já esteve e está perto do
título. São duas seleções que
vão se enfrentar com ânsia
de ser campeã do mundo",
disse o treinador da Espanha, Vicente del Bosque.
A Europa voltará a ficar na
frente da América do Sul em
títulos. Serão dez conquistas
do velho continente contra
nove dos sul-americanos.
A Espanha iniciou o jogo
ontem com seis atletas do
Barcelona, sinônimo de bom
futebol e que venceu duas ligas europeias nos últimos
quatro anos. Del Bosque, que
substituiu Luis Aragonés
após o título da Eurocopa-08,
escalou até Pedro, uma das
revelações do clube catalão.
Fernando Torres, autor do
gol do título contra a Alemanha há dois anos, só entrou
no segundo tempo. O placar
de 1 a 0 foi o mesmo da final
continental, mas o domínio
espanhol foi até maior.
A Alemanha fica pela terceira Copa seguida entre os
quatro primeiros, mas sua
boa e nova geração volta a falhar na hora mais decisiva.
O G7 da bola pede renovação, e ela virá no domingo.
Texto Anterior: Painel FC na Copa Próximo Texto: Juca Kfouri: Poderosa Espanha Índice
|