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Jamais chutou uma bola, não sabe
soletrar Corinthans, nunca foi a estádios de futebol...
mas você ainda vai torcer por ele (ou contra)
O futebol brasileiro ganhou um
novo ""dono da bola" em 1999. Ele
é texano, tem 53 anos, é formado
em administração por uma faculdade californiana e goza da amizade do candidato presidencial
dos EUA George W. Bush.
Sua ofensiva começou com a
aquisição do departamento de futebol do Corinthians em abril.
Avançou com a compra há dez
dias da Traffic, que virou a maior
agência de marketing esportivo
do país, após se aproximar à Confederação Brasileira de Futebol.
Ele é Thomas O. Hicks, o homem por trás do fundo norte-americano de investimento
HMTF (Hicks, Muse, Tate &
Furst), que tem sede em Dallas.
Em entrevista à Folha, Hicks
admite não conhecer todas as regras do futebol e nunca ter entrado em um estádio para ver uma
partida dessa modalidade. Mesmo assim, diz que vai aprender.
""Não conheço todas as regras,
mas sei mais agora sobre futebol
do que sabia sobre hóquei quando comprei um time desse esporte", disse o proprietário do Dallas
Stars. Ele também é dono do Texas Rangers (time profissional de
beisebol), que comprou do amigo
Bush em uma negociação que gerou suspeitas.
No Texas, Hicks testou a receita
que está aplicando agora para ganhar espaço no mercado brasileiro: atacar em duas frentes, comprando ações de times e TVs com
programação esportiva.
Para tanto, utiliza dinheiro próprio (começou sua fortuna com
uma cadeia de rádio) e de outros
investidores (na maioria, fundos
de pensão públicos e privados).
O esporte brasileiro atraiu o
magnata por seu custo. ""Há mais
lógica nos valores dos salários dos
jogadores", afirma Hicks.
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