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São Paulo, Domingo, 08 de Agosto de 1999
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PAN-AMERICANO Depois do fracasso no Pré-Olímpico, seleção masculina pega os EUA hoje pela medalha de ouro Basquete joga por ouro e reputação
da Reportagem Local Pela recuperação de sua imagem, mais do que pela medalha de ouro, a seleção brasileira masculina de basquete entra em quadra hoje para sua última partida no Pan-Americano de Winnipeg. Na Winnipeg Arena, a partir das 15h (de Brasília), o Brasil enfrenta os EUA na decisão. O Brasil iniciou a competição no Canadá com a credibilidade e o orgulho arranhados pelo campanha ruim no Pré-Olímpico de Porto Rico, no mês passado. Com três vitórias e cinco derrotas, os brasileiros não conseguiram se classificar para a Olimpíada de Sydney-2000. Será apenas a segunda vez que o país ficará de fora dos Jogos Olímpicos -não disputou também Montreal-76. Por causa do desempenho pífio, o treinador Hélio Rubens Garcia, 58, exigiu mais empenho dos jogadores e anunciou que usaria o Pan como uma espécie de "peneira": quem não jogasse bem, não mais seria convocado. A ameaça parece ter surtido efeito, e quase toda a equipe melhorou a média de pontos por jogo em relação ao Pré-Olímpico (leia texto ao lado). Nas semifinais, anteontem à noite, a seleção brasileira derrotou a de Porto Rico (95 a 85), e a equipe norte-americana passou pela Argentina (84 a 76). A vitória brasileira contra os porto-riquenhos foi a terceira no Pan -na fase classificatória, venceu República Dominicana (102 a 82) e Cuba (86 a 72). O time perdeu um jogo, também na primeira fase, justamente para os EUA (73 a 71). "Não conseguimos a vaga no Pré-Olímpico, mas agora não adianta sofrer. Voltamos a acertar o caminho, já estamos com a medalha e agora vamos com tudo para o ouro", afirmou o ala Rogério, que marcou 30 pontos e foi o cestinha da partida semifinal. Para esse jogo, houve um reforço extra, a presença do psiquiatra Roberto Shinyashiki, autor de livros de auto-ajuda e consultor mental da seleção brasileira. "No Pré-Olímpico, deixamos a dúvida se queríamos mesmo chegar em algum lugar. Devemos a vitória ao Roberto, nosso psicólogo. Ele fez nosso time acreditar de novo", disse o armador Helinho, filho do técnico Hélio Rubens. A seleção norte-americana no Pan é bem diferente da que conquistou, invicta, o Pré-Olímpico. Naquele torneio, os EUA estiveram representados pelo "Dream Team 4", seleção formada por jogadores na NBA, a liga profissional norte-americana. Agora, o time conta com atletas frustrados, que não alcançaram o estrelato e jogam na CBA, espécie de segunda divisão nos EUA. Mesmo assim, a equipe está invicta, com quatro vitórias. Se for campeão em Winnipeg, o Brasil atingirá seu terceiro troféu em Pans -o primeiro foi em Cali (Colômbia), em 1971, e o último, e mais memorável, em 1987, em Indianápolis (EUA), com vitória sobre o time da casa. NA TV - Brasil x EUA, ao vivo, às 15h, na Bandeirantes, ESPN Brasil e Sportv Texto Anterior: Órgão quer acabar com "aliciamento" Próximo Texto: Bronca faz desempenho ter melhora Índice |
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