São Paulo, domingo, 08 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Na estréia do técnico Levir Culpi, time abre 2 a 0 contra o Gama, mas cede o empate mesmo no Parque Antarctica

Palmeiras engata quinto jogo sem vitória

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras entrou para sua quinta rodada sem vitória, ao empatar ontem no Parque Antarctica por 2 a 2 com o Gama.
A equipe começou bem, abrindo dois gols de vantagem, mas permitiu que o time visitante pressionasse o restante da partida e acabasse por empatar.
Com o resultado, manteve o tabu de os palmeirenses nunca superaram o time do Distrito Federal em jogos do Brasileiro (duas derrotas e dois empates).
Ao final, a torcida chamou os jogadores de "medíocres" enquanto eles corriam para o vestiário. Aproveitaram para criticar o presidente do clube e mostraram cédulas de real para a equipe.
Era a estréia no banco palmeirense do técnico Levir Culpi.
O curioso é que, com ponto conquistado ontem, a equipe saiu momentaneamente da zona de rebaixamento (os quatro últimos colocados da tabela).
O time segue na fase turbulenta, com direito a duas goleadas (4 a 0 para o Atlético- MG; e 5 a 1 para o Paraná), muito protesto da torcida (até tentativa de agressão) e a queda de um técnico (Flávio Teixeira, o Murtosa). O último triunfo foi sobre o São Caetano, um 3 a 2 no mesmo estádio palmeirense, em meados de agosto.
A próxima tentativa de vitória será no Beira Rio, diante do Internacional, na quarta-feira.
Ontem, o Palmeiras apresentou várias deficiências. A zaga cometeu sucessivos erros, o meio-campo mostrava precipitação na saída de bola e recuava muito, e o ataque formado por Dodô e Nenê exagerava no individualismo.
No início promissor do jogo, quem se destacou foi o lateral-esquerdo Rubens Cardoso, que estreava na equipe ontem.
Logo aos 5min, ele venceu o marcador Valdir e cruzou rasteiro para Zinho desviar para o gol.
O Palmeiras teve chances de ampliar com Arce e Leonardo, mas o segundo gol saiu aos 21min em escanteio da direita cobrado por Arce. Após uma rebatida, Dodô deu um voleio para o gol rival.
Com essa vantagem, o Palmeiras se acomodou e acabou recuando demais. O Gama passou a se arriscar em lances de Lindomar, Dimba e Paulo Nunes, que, a cada toque, recebia vaia da torcida que não perdoa a passagem pelo Corinthians do ex-palmeirense.
"Se eu estivesse na tribuna, também me vaiaria. Jogar no Corinthians foi meu maior erro", se resignou o veterano atacante.
Aos 41min, as investidas do Gama surtiram efeito. Leonardo perdeu a bola no meio-campo, e Lindomar lançou para Dimba, que chutou na saída de Marcos.
"Nós assistimos os dois gols do adversário. Depois decidimos jogar", resumiu o treinador da equipe do DF, Hélio dos Anjos.
Já o zagueiro palmeirense Alexandre se queixou da postura acanhada do time. "O time está muito atrás. Assim não dá."
No início do segundo tempo, parecia que o cenário mudaria em favor do Palmeiras, com duas chances de gol, de Nenê e Dodô -ambas tiradas por Rochinha.
Mas logo as oportunidades do Gama se multiplicaram. A mais clara foi aos 22min, com Paulo Assunção perdendo a bola na sua área, e Paulo Nunes chutando sobre a zaga -o time de Brasília pediu pênalti por bola na mão.
Passados dois minutos, outra vez a bola tocou no braço do zagueiro Alexandre dentro da área.
Aos 40min, após um bate-rebate, Dimba chutou para empatar o jogo. Ao final, o técnico visitante ainda reclamou dos pênaltis não-marcados. "Foi um assalto", afirmou Hélio dos Anjos.



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